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June 19, 2022
October 11, 2021
Crónicas eivadas de confusões
Esta jornalista que é editora executiva do jornal, fala como se a universidade existisse para curar a ansiedade e a depressão dos alunos e como se o número baixo de vagas nos cursos fosse uma injustiça que se lhes faz, uma espécie de recusa de Prozac. Não lhe passa pela cabeça que há uma avalanche de alunos com médias de 18, 19 e 20 e que é por isso que alunos com média de 19 ficam de fora e que esse excesso de alunos com 18, 19 e 29, é um fenómeno suspeito e que grita que há algo muito errado com a avaliação; também não lhe passa pela cabeça que as universidades são lugares de avanço de conhecimentos e não cursos de etiqueta para 'finalizar' jovens, para que conheçam pessoas com ligações e arranjar-lhes melhor casamento, digamos assim. Há bastantes décadas, essa era a razão dos pais deixarem as raparigas irem estudar para universidades: polimento e casamento - uma espécie de finishing schools mais próximas e acessíveis que a Suíça.
Parecia que tínhamos evoluído disso, mas depois apareceram os 'bolonhos' com esta visão miserabilista das universidades como escolas de polimento, à antiga - visão defendida por esta jornalista, embora talvez nem perceba o que está a dizer.
Fala na sua experiência: seguiu o caminho em que era mais capaz (!) e que a faz feliz. Portanto, também os jornais existem para dar emprego a pessoas que ali se sentem felizes. Isso explica muita coisa... nomeadamente pensar que as universidades existem para fazer pessoas felizes.
Talvez também pense que os governos existam para dar felicidade a pessoas que pensam ser ali capazes.
A ansiedade do futuro
Chegar ao final do Ensino Secundário com uma média de 19 valores e, mesmo assim, ficar arredado do curso que sempre se sonhou, devia fazer soar os alarmes junto de quem define as políticas de Educação.
A cada ano, por esta altura, fala-se da necessidade de alterar a forma de acesso ao Ensino Superior. A cada ano, reconhece-se que muitos concorrem a cursos com médias muito elevadas, não por vocação, apenas porque são empurrados a irem em busca de sucesso que todos parecem esperar deles.
Um caminho difícil para qualquer jovem, a viver o final da adolescência. Um estudo feito em 21 países, recentemente tornado público pela Unicef, revela que uma média de um em cada cinco jovens inquiridos, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, diz sentir-se frequentemente deprimido ou com pouco interesse em fazer as coisas. Muitos vivem em permanente estado de ansiedade, como revela um outro estudo feito à escala global, com uma amostra de mais de 80 mil indivíduos: mais uma vez, um em cada cinco sofre de ansiedade.
Quando acabei o Secundário e ingressei num curso superior, não senti pressão, por parte dos que me eram mais próximos, para fazer qualquer tipo de escolha. Vivíamos com o conforto de saber que devíamos seguir o caminho escolhido por nós, seguir aquilo em que seríamos mais capazes, em suma, que nos fizesse felizes. O Mundo mudou. Muito. E a vida em muitos aspetos tornou-se bem mais difícil.
Paula Ferreira - Editora-executiva-adjunta.
A ansiedade do futuro
Chegar ao final do Ensino Secundário com uma média de 19 valores e, mesmo assim, ficar arredado do curso que sempre se sonhou, devia fazer soar os alarmes junto de quem define as políticas de Educação.
A cada ano, por esta altura, fala-se da necessidade de alterar a forma de acesso ao Ensino Superior. A cada ano, reconhece-se que muitos concorrem a cursos com médias muito elevadas, não por vocação, apenas porque são empurrados a irem em busca de sucesso que todos parecem esperar deles.
Um caminho difícil para qualquer jovem, a viver o final da adolescência. Um estudo feito em 21 países, recentemente tornado público pela Unicef, revela que uma média de um em cada cinco jovens inquiridos, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, diz sentir-se frequentemente deprimido ou com pouco interesse em fazer as coisas. Muitos vivem em permanente estado de ansiedade, como revela um outro estudo feito à escala global, com uma amostra de mais de 80 mil indivíduos: mais uma vez, um em cada cinco sofre de ansiedade.
Quando acabei o Secundário e ingressei num curso superior, não senti pressão, por parte dos que me eram mais próximos, para fazer qualquer tipo de escolha. Vivíamos com o conforto de saber que devíamos seguir o caminho escolhido por nós, seguir aquilo em que seríamos mais capazes, em suma, que nos fizesse felizes. O Mundo mudou. Muito. E a vida em muitos aspetos tornou-se bem mais difícil.
Paula Ferreira - Editora-executiva-adjunta.
January 14, 2021
Omessa! Coragem é de quem está nas escolas
O primeiro-ministro aprova, mas nem ele nem os da educação têm que ir para lá todos os dias fechar-se em salas com dezenas de crianças e adolescentes.
July 03, 2020
JMT - quando as pessoas estão com medo e disparam bacoradas
O JMT está chateado e um bocadinho histérico por a pandemia ter estragado os planos de férias da filha e da família e ainda de pensar que a situação se pode prolongar para o ano. Nas circunstâncias faz o que faz a maioria que é culpar outros do seu infortúnio, neste caso, os professores - aquele alvo fácil dos indolentes intelectuais.
Nunca abrem a boca para pressionar os governos a diminuir o número de alunos por turma e o número de turmas por professor - não vêem grande necessidade disso, mas agora que estão com medo vêm dizer que as condições de ensino à distância são melhores nos colégios. A sério?? Onde as turmas têm 20 alunos e os professores duas turminhas, onde aos alunos não faltam dispositivos digitais e aos professores também não? Pois é, nas escolas públicas falta muita coisa, aos alunos e aos professores.
Sim, há professores muito envelhecidos. É uma profissão muitos desgastante. Muitos professores têm doenças, o que é próprio da idade, mesmo em profissões suaves, como estar sentado a escrever umas cenas para o jornal, o que não é o caso. Não sei se o JMT quer que os professores peçam desculpa ao país de não terem morrido cedo para dar lugar a outros ou se quer que os professores, ao fim de 30 e tal anos de trabalho duro se demitam e abdiquem da reforma ou que vão trabalhar doentes para lhe agradar e não estragar as férias da filha e da família.
Pois é certo que se os professores não chegassem aos 60 e tal anos cheios de turmas com alunos a abarrotar e burocracias e um trabalho infernal, se calhar havia menos doenças e menos cansaço. Mas nisso o ilustre indolente nunca viu problemas. Por ele estava tudo bem. O problema não lhe batia à porta, não queria saber.
E sim, muitos professores mais velhos e mais novos, contratados, não têm computador nem estão para gastar dinheiro do salário que é curto e anda sempre congelado com material de trabalho e usam os computadores das escolas. Agora com o ensino à distância isso ficou complicado.
Nenhuma destas questões alguma vez lhe interessou nem interessaria se de repente a pobreza e falta de condições da escola pública não lhe tivesse batido à porta.
Epá, ó João, pela parte que me toca, sendo que faço parte dos professores mais velhos e com doenças, embora não analfabeta digital, digo-te já que não me vou demitir, não me vou atirar para a escola para o meio de milhares de pessoas a infectarem-se de COVID-19, nem me vou suicidar para agradar à tua mentalidade portuguesinha de, 'não quero pagar a escola pública com os meus impostos mas quero que os professores sejam padres e freiras e dêem a vida pelas férias da minha filha e da minha família.'
E mais: acho que não te fica bem usares um jornal público para descompensares dos teus problemas pessoais. Arranja um blog para fazer isso.
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