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September 03, 2021

Michel Corboz 1934 – 2021

 


O coro da Gulbenkian, que é muito bom, deve-lhe muito.


Morreu-Michel Corboz Maestro Titular do Coro Gulbenkian

Nascido na SuÍça, chegou a Portugal em 1964 para leccionar cursos de direcção vocal. Cinco anos depois tornou-se maestro titular do Coro Gulbenkian, cargo que manteve até 2019. A morte chegou aos 87 anos, em Lausanne.


Um passeio a Beja em 2017 com concerto na Catedral.

February 17, 2021

Faça uma visita guiada online à exposição René Lalique

 

 

Fevereiro no Museu

 

Continue a acompanhar as Coleções Gulbenkian online


O Museu encontra-se encerrado, mas há muitas formas de (re)descobrir as obras de arte. Aproveite as visitas virtuais e percorra as galerias que acolhem o acervo reunido por Gulbenkian e a coleção de arte moderna e contemporânea adquirida pela Fundação.
Explore também a exposição René Lalique e a Idade do Vidro através da visita 360º e pela voz da curadora Luísa Sampaio, que destaca as obras mais relevantes do mestre-vidreiro.
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March 07, 2020

Uma noite bem passada



Ontem fui ouvir Evgeni Onegin de Tchaikovsky. Adorei. Foi espectacular. A ópera foi apresentada em versão concerto (saudades de quando vivia num país onde se andava uma hora para qualquer lado e se tinha acesso a uma casa de ópera...) porque não foi numa casa de ópera. Encenaram-na em um metro e meio de palco; no entanto, a encenação foi tão bem feita, de maneira tão inteligente e bonita que não frustrou as expectativas. Não é fácil porque a ópera tem cenas de festas e bailes.

A orquestra tocou muito bem, o coro excelente e os cantores muito bons. Foi mesmo espectacular. Depois, por sorte, na primeira cena, a Tatiana e a Olga cantaram a três metros de nós e no fim, o dueto da Tatiana com Onegin e a ária final dele também foram mesmo ali ao pé de nós que estávamos um bocado para a esquerda do placo mas mesmo à frente. É que a voz deles ouvida assim a três metros de distância tem um impacto emocional muito grande.

Uma dos aspectos que mais gosto na música é o facto de juntar gente de qualquer parte, credo, cor ou religião numa colaboração positiva onde o que se respeita é o talento e o trabalho, tanto da parte dos artistas, como da parte do público. Quer dizer, o público está-se nas tintas para que sejam altos, baixos, gordos, magros, louros, morenos, europeus, asiáticos, africanos ou outra coisa qualquer, o que queremos mesmo é que cantem bem.

Nesta ópera, o maestro é suíço, a soprano que fazia de Tatiana é finlandesa (uma vez muito expressiva e elegante), a mezzo soprano que fazia de Olga é uma portuguesa (uma voz baixa cheia de ressonância e poder), o tenor que fazia de Lensky com uma voz muito bonita cheia de legato, é russo, Andrè Schuen, o barítono com uma voz profunda, redonda e com muito poder, que fazia de Onegin, é um italiano de formação musical alemã, a mezzo soprano que fazia de Filipievna é uma polaca. Havia mais um russo e três portugueses nos outros papéis. A orquestra tem gente de tudo quanto é sítio. No entanto, quando tocam e cantam só há harmonia e acordo, nenhum descompasso. É lindo.

Enfim, há bocado, quando cheguei a casa, fui ouvir a versão da ópera que tenho cá em casa. É o que estou a ouvir.