Em Junho passado as 14 aguarelas de ilustração botânica que Jean Schneider, um editor suíço encomendou a Dali em 1969, foram vendidas por 1 milhão e 200 mil dólares
Dali tomou as dez imagens de Pierre-Antoine Poiteau, recueil des plus beaux fruits cultivés en France e mais três de, Traité des arbres et arbustes que l’on cultive en France by Duhamel du Monceau, de Pierre-Jean Redouté e pintou sobre e à volta delas, usando um elemento do original como ponto de partida para as suas visões estranhas, sexuais, humorísticas e surreais da realidade.
Como disse mais tarde, 'vejo a forma humana nas árvores, nas folhas, nos animais, nos vegetais. A minha arte na pintura, diamantes, rubis, esmeraldas, ouro, mostra a metamorfose que teve lugar; os seres humanos criam e mudam. Quando dormem mudam totalmente em flores, plantas, árvores. (citado in Dalí Jewels: A Collection of the Gala-Salvador Dalí Foundation, Milan, 1999, p. 36).
Schneider publicou as pinturas em litografias numa série conhecida como, As Frutas de Dali que tiveram imenso sucesso, mas escondeu as aguarelas originais no cofre de um banco. Com excepção de uma exposição em 2000 as aguarelas nunca tinham sido vistas.