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March 10, 2020

Desconcerto. Para que servem os anúncios pomposos de medidas se mo terreno nada se faz?



Testemunho de um tripulante da TAP (ontem):

Chegou num avião da TAP a partir de um aeroporto de norte de Itália, viajou em serviço. Na vinda deram-lhe um formulário (coronavírus) para preencher e entregar no aeroporto em Lisboa. Andou ás voltas e nada. Não há ninguém no aeroporto de Lisboa para recolher os formulários. Acabou por entregar no balcão da TAP. Os passageiros, italianos e outros não entregaram em lado nenhum porque não há ninguém a recolher.

(via Isabel Sousa Lobo)

March 04, 2020

Hoje tivemos uma reunião na escola sobre o Coronavirus



Conduzida pela enfermeira coordenadora. Foi esclarecedor. Explicou o que é o vírus, o que se sabe até agora da transmissão e evolução da doença, os cuidados a ter, a diferença entre ter ou não o vírus endémico, a possibilidade de a escola ter um plano de contingência que obrigue a certos protocolos, nomeadamente porque os portugueses têm a mania que são espertos e que fazem tudo à sua maneira e insistem em viajar e achar que isto é tudo uma parvoíce e uma histeria e não obedecem às recomendações, nomeadamente as de se porem em quarentena quando viajam para sítios com epidemias.
Os protocolos do plano de contingência podem obrigar a que pessoas que viajaram para certos sítios não possam entrar na escola antes de perfazerem 14 dias, por exemplo. Deixou claro que este é um assunto sério e que assusta um bocado porque ainda se sabe pouco sobre como vai evoluir e quantas pessoas podem estar já infectadas, etc.

Espero que certas pessoas que acham tudo um exagero e ficam abespinhadas quando lembramos que quem pode estar infectado é que deve tomar precauções para não pôr os outros em risco, seja numa gripe normal ou nesta, tenham percebido que elas é que são responsáveis pelos seus comportamentos e não são os outros que têm que se afastar delas.

Sem dramatizar e sem alarmistas explicou os cuidados a ter e a responsabilidade de cada um.


"O COVID-19 é um novo vírus ao qual ninguém tem imunidade", diz OMS
De euronews •

March 03, 2020

A propósito do coronavírus. Não percebo as pessoas



Hoje, quando entrei numa aula, a turma vinha a falar do assunto e perguntaram-me se achava bem que alunos que vieram de Itália (pelo menos um, de Milão) andassem lá nas aulas como se nada fosse. Disse que me parecia uma imprudência porque não estão a pôr-se só a si em risco. Depois alguns alunos disseram-se que têm uma visita de estudo a Roma na Páscoa e eu disse-lhes que me parecia imprudente ir para Itália, mas que se fossem, deviam depois ficar de quarentena para não porem outras pessoas em risco. Diz uma aluna, 'mas andam aí a dar aulas três professoras da disciplina de ... que vieram de Itália há cinco dias'.

No intervalo vi uma delas e perguntei-lhe se era verdade que tinha estado em Itália há poucos dias. Disse-me que sim. 'Então e não te puseste de quarentena?' - Não, diz ela, eu sinto-me bem. Se te sentes mal é lá contigo. Não fiz nada de ilegal. 'Não fizeste nada de ilegal mas é irresponsável. Não vês as notícias? Não sabes que muitos focos da doença começam com pessoas que estiveram em Itália e que podes ser portadora do vírus e não ter sintomas?' Diz outra que estava a ouvir, 'olha, se calhar tu é que devias ir de quarentena porque pertences a um grupo de risco'. A sério? Nós devemos ir de quarentena para os outros poderem ir passear para Roma? Ficou chateada de eu tê-la interpelado directamente. Querem poder ir passear para Itália, voltar sem se preocuparem se estão a infectar outros e não serem chateados com o assunto.

Há colegas que vão para Roma na Páscoa e disseram-me não ter intenção de se pôr de quarentena na volta... mas eu estou aqui a ver alguma coisa mal? As pessoas não têm obrigação de ser prudentes e responsáveis? Uma coisa é podermos apanhar o vírus à mesma assim como podemos sair à rua e ser atropelados, outra é atirarmo-nos para a frente dos carros e levar outros atrás.

Andamos nós a dizer aos alunos para serem prudentes...

A legalidade e a ética são duas coisas muito diferentes.

Amanhã vou conhecer um médico novo logo pela manhãzinha e vou fazer-lhe perguntas relacionadas com isto. O coitado vai ter que me aturar.


February 19, 2020

Quando uma doença faz mais pela liberdade de expressão em três semanas, na China, que 100 anos de espionagem



Quando o partido único se promove como o guardião dos cidadãos e depois todos começam a adoecer fica em maus lençóis, porque os chineses aceitam aquele regime ditatorial no pressuposto que o grande líder toma conta deles e da sua segurança. É essa a propaganda que o partido vende aos cidadãos.


China's Public Health Crisis Becomes a Crisis of Faith

The Covid-19 epidemic poses political risks for China's leadership. It's now on President Xi Jinping to deliver security and prosperity while trying to solve a serious public health crisis. Meanwhile, dissatisfaction with the government's handling of the situation is growing online.

In that light, it is significant how the government in Beijing has dealt with the grief and anger that appeared online after the doctor Li Wenliang died. After he become infected with Covid-19, his fight for life had turned into a drama. At first, though, it was unclear whether Li had died at all. The Global Times was the only medium to report his death, but it quickly took down the story. In the end, many Chinese felt deceived.

Hashtags demanding freedom of speech received millions of clicks. On Weibo and WeChat, popular Chinese social media and messaging services, images of burning candles were everywhere. So too was a caricature of Li with a face mask made of barbed wire. Professors and lawyers drew up two petitions demanding freedom of the press.