Johnson apoia o Brexit com o argumento da liberdade e auto-determinação da Inglaterra e vai à Ucrânia fazer declarações contra o abuso de poder, o imperialismo e a quebra das leis internacionais.
Rara declaração conjunta indica um endurecimento da posição da UE e da Irlanda.
Escrevendo no Observador, os dois ministros sugerem que a determinação de Johnson em anular efectivamente o chamado protocolo da Irlanda do Norte, que ele acordou há dois anos, corre o risco de minar a "ordem internacional baseada em regras", numa altura em que o continente enfrenta a ilegalidade da invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
Os dois ministros afirmam que nas recentes eleições para a assembleia da Irlanda do Norte uma maioria de membros apoiam o protocolo e mostraram apoio às actuais disposições.
A raiva tem vindo a crescer em Dublin desde que o projecto de lei foi publicado. Leo Varadkar, vice-primeiro-ministro da Irlanda, acusou na semana passada o governo britânico de arriscar a ruptura do Reino Unido com a sua gestão da Irlanda do Norte. Varadkar, que deverá suceder a Micheál Martin no final deste ano, acordou os princípios do protocolo em conversações com Johnson em 2019.
Ele disse na semana passada que as acções do governo do Reino Unido são desrespeitosas. "Penso que é um erro estratégico para as pessoas que querem manter a união, porque se se continuarem a impor à Irlanda do Norte coisas que uma clara maioria das pessoas não quer, cada vez mais se afetarão da união", disse à BBC. "É uma política peculiar vinda de um governo que se propõe querer defender a união".