February 27, 2025

Passam hoje 10 anos do assassinato de Boris Nemtsov

 

Boris Nemtsov foi assassinado em 27 de fevereiro de 2015, ao lado da sua parceira ucraniana Anna Durytska, quase às portas do Kremlin, em Moscovo com quatro tiros disparados pelas costas. Naquele dia estava em Moscovo a participar da organização de um protesto contra a intervenção militar russa na Ucrânia e contra a crise financeira russa

Paralelamente, Nemtsov preparava um relatório sobre a participação de tropas russas na luta dos rebeldes pró-russos, no leste da Ucrânia, coisa que o que o Kremlin negava.

Boris Nemtsov foi um físico e político liberal russo. Esteve envolvido na introdução de reformas na economia russa pós-soviética.

Nos anos 1990, sob o Presidente Boris Yeltsin, foi o primeiro governador de Nijni Novgorod, Ministro dos Combustíveis e Energia (1997), Vice Primeiro-Ministro da Rússia e membro do Conselho de Segurança de 1997 a 1998. 

Em 1998, fundou o movimento Jovem Rússia. Em 1998, foi um dos fundadores da coligação Causa Direita e, em 1999, da União das Forças de Direita, um bloco eleitoral que depois se tornou um partido político. Nemtsov foi também membro do Congresso dos Deputados do Povo (1990), do Conselho da Federação (1993-97) e da Duma Federal (1999-2003).

A partir de 2000 até sua morte, foi um crítico declarado do governo de Putin como um regime cada vez mais autoritário e anti-democrático, destacando a especulação e os desvios de recursos generalizados, antes dos Jogos Olímpicos de Sochi, bem como a interferência política e o envolvimento militar da Rússia na Ucrânia. 

Depois de 2008, Nemtsov publicou extensos relatórios sobre a corrupção no governo Putin, conectando-a diretamente ao presidente. Nemtsov foi também um activo organizador e participante das Marchas dos Dissidentes, da série de protestos denominada Estratégia-31 e dos protestos de 2011-2013.

Putin não tolera críticos e muito menos opositores que desmascaram o seu intuito de poder sem limites acompanhado da ganância de luxo.

A morte dele mostra à evidência que Putin não fará um acordo de paz com a Ucrânia, a não ser a Ucrânia concorde em deixar-se colonizar pela Rússia. 

Se ele pudesse já tinha morto Zelensky e todo o governo da Ucrânia. O Putin assassino não é uma realidade da actualidade, uma consequência de ter mudado com o tempo. 

Não, mandar matar todos os que se atravessam no seu caminho sempre foi o seu modo de operar.

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