A Europa e a Ucrânia têm de falar em paralelo e por cima dos EUA-Rússia. É uma pena que os EUA violem todos os seus princípios e acordos internacionais. Ninguém ganha com isso a não ser a Rússia, que estava moribunda e agora pensa que voltou ao de cima e a China. Porém, é preciso lidar com a realidade. Os EUA têm dois proto-ditadores narcisistas no governo. Estão a destruir as instituições americanas por dentro para garantir o poder total e os americanos estão radiantes com eles. Têm taxas internas de aprovação altíssimas. O povo está radiante com o que eles estão a fazer dentro e fora dos EUA.
Uma ordem mundial com os EUA no lado dos ditadores, usurpadores e imperialistas colonialistas é uma verdadeira tragédia e não só para a Europa, mas é o que se está a desenhar. Os EUA a alinharem-se com ditadores e criminoso de guerra, a interferirem nas eleições alemãs, inglesas e agora a pressionarem a Roménia para libertar violadores e fascistas. Os EUA parecem ter-se afastado muito dos valores humanistas, liberais e democráticos. Trump quer um império. Os EUA nunca tiveram um império (foram fundados, justamente, contra essa ideia) e ele quer um, de preferência ligado ao seu nome. Até já cita Napoleão para justificar o seu assalto ao Estado.
Quando Trump sair do poder, daqui a uns anos, Musk toma o seu lugar ou algo do género. As únicas pessoas que parecem perceber o que se passa são os juízes, mas estão quase sozinhos. Não vejo os democratas organizarem-se para serem uma oposição séria. Tirando dois ou três que falam, os outros parecem estar em estado catatónico.
Como aqui na Europa não queremos ser ditaduras, nem viver num mundo de ditadores, nem ser colónias destes novel-EUA, e muito menos da Rússia, temos que falar sobre a Ucrânia e a Europa como se os outros dois palhaços russo-americanos estivessem a falar uma língua qualquer alienígena e preparar-nos para defender a paz em vez de esperá-la.
Espero que os europeus compreendam que estamos numa situação limite e se unam.
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