November 24, 2024

Coisas que [não] ultrapassam a minha compreensão - as memórias de Merkele

 


Merkele escreve nas suas memórias que desde 2006 percebeu que Putin era um indivíduo sem respeito por outros líderes e que em 2007 foi-lhe evidente que era um sádico sem escrúpulos, pela maneira com a tratou, sendo ela a líder de um país com importância na Europa e no mundo. Mais ainda, diz que percebeu logo que ele tinha intenção de não sair do poder -ele disse-lho e até explicou como se ia perpetuar no poder- e de recuperar a glória da URSS, cujo fim achava um grande desastre para o mundo. Percebeu que isto era um recado que Putin mandava ao mundo de que era um ditador em ascensão, que não era de confiança e não respeitava acordos. Oh, Diabo! Então a Alemanha não faz parte desse mundo para quem ele mandou estes «recados»? E mesmo assim não perceberam que não deviam fazer acordos com ele e foram fazer o Nordstream 1 e depois o 2, já após a invasão da Ucrânia em 2014? Isto é um caso de ser, ela e os seus conselheiros, burros como às portas ou gananciosos de dinheiro e poder até à 5ª casa e estarem-se nas tintas para todos os outros? É confrangedor perceber o tipo de pessoas que decidem os destinos do mundo.


Merkel recorda como "sinais ao mundo" dia em que Putin soltou cadela em plena reunião reunião

Putin deixou à solta a sua cadela quando sabia que Merkel tinha medo destes animais. A antiga chanceler alemã considera que foi uma forma do líder do Kremlin de "enviar sinais" ao mundo. "

A ex-chanceler alemã Angela Merkel recordou nas suas memórias a ocasião em que, durante uma reunião [em 2007], o Presidente russo, Vladimir Putin, soltou a sua cadela labrador sabendo que ela temia estes animais, numa forma de "enviar sinais" ao mundo.

"Desde a primeira vez que o conheci como chanceler, em janeiro de 2006, ele sabia que tinha medo de cães, porque no início de 1995 em Uckermark fui mordida por um", recordou Merkel na sua autobiografia "Liberdade", que será publicada na próxima terça-feira e da qual o jornal italiano La Repubblica publica hoje algumas passagens.

A chanceler da Alemanha entre 2005 e 2021 e uma das principais líderes globais desse período, comentou que Putin já lhe deixava vislumbrar em 2006, há quase duas décadas, as suas intenções de permanecer no poder.

Em concreto, recordou um momento com Putin num carro a caminho de um aeroporto na Sibéria, em abril de 2006, depois de um fórum empresarial, quando lhe disse que a Constituição Russa permitia a sua reeleição se "fizesse uma pausa" após dois mandatos consecutivos.

"A mensagem que recebi das poucas palavras de Putin, naquele dia de primavera na Sibéria, quando nos dirigíamos para um aeroporto, não deixou dúvidas: 'Tenham em mente que permaneço, embora no próximo ano, após dois mandatos, deixe o cargo para um sucessor como a Constituição quer. Voltarei, será apenas uma pausa'", interpretou Merkel.

Da mesma forma, a antiga líder alemã recordou que Vladimir Putin considerava o fim da União Soviética como "a maior catástrofe geopolítica do século XX" e que já nesses anos lamentava a presença de sistemas de defesa dos Estados Unidos na Polónia e na República Checa, ambos membros da NATO.


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