September 13, 2024

Os pedagogos do rectângulo

 

A recente recomendação do Governo português de proibir telemóveis nas escolas até ao 6.o ano é uma medida que, à primeira vista, parece destinada a melhorar o ambiente de aprendizagem. No entanto, com as funcionalidades que estes dispositivos oferecem hoje - como segurança, acesso rápido a informações e aplicativos bancários, identidade, controlo de acesso, entre muitas outras - a proibição parece ser uma solução simplista para um problema mais profundo. Quem é que acha mesmo que pode viver sem eles?

Os telemóveis já são ferramentas essenciais no dia a dia de muitas famílias, incluindo as de alunos. Proibir o uso nas escolas pode gerar controvérsia, pois ignora a realidade de que essas tecnologias são parte integrante das nossas vidas. Além disso, qualquer proibição desse tipo corre o risco de ser facilmente contornada. Alunos podem, por exemplo, trazer os aparelhos escondidos ou encontrar formas alternativas de os utilizar, o que torna a medida ineficaz a longo prazo.

Em vez de recorrer à proibição, uma solução mais eficaz seria criar uma disciplina que ensinasse o uso responsável do meio digital.

Se o problema é o uso abusivo de telemóveis, talvez seja hora de discutir restrições mais amplas, como em repartições públicas e outros espaços onde adultos, muitas vezes, também fazem uso inadequado destes dispositivos. Afinal, se exigimos responsabilidade das crianças, porque não dos adultos também?

José Manuel Diogo, JN
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Este indivíduo pensa que uma criança ou adolescente usam aplicativos bancários, pensa que a responsabilidade e a ética se ensinam numa disciplina (para isso já há a Moral e Religião) e que adultos e crianças têm o mesmo grau de compreensão da realidade e de responsabilidade e, portanto, o que se proíbe a uns deve proibir-se a outros. Por exemplo, se é proibido a uma criança guiar um automóvel, também devia ser proibido aos adultos.
E se for proibido ter telemóvel, diz ele, os alunos trazem às escondidas, de maneira que o melhor é deixá-los. Por esta ordem de ideias, acaba-se com a proibição de armas brancas na escola, pois os alunos trazem-nas muitas vezes às escondidas. 

Ele começa por dizer que esta é uma medida que melhora o ambiente e a aprendizagem mas todo o artigo é uma desvalorização desses dois factores que são grandes objectivos da educação escolar.

Os telemóveis devem ser proibidos e quanto a mim isso devia ir até ao 9º ano. Têm computadores nas escolas para o trabalho -se não têm deviam ter- e têm uma disciplina de TIC que ensina -ou devia ensinar- todos os temas em questão. 

De resto, ninguém precisa de uma disciplina para aprender a usar uma aplicação digital que é uma coisa que se faz em 5 minutos, sozinho, seguido as instruções.

E quanto a mim, a proibição de telemóveis nas escolas não devia ficar ao critério de cada um, porque nas escolas há muito professores -muitos- que dão o exemplo de usar o telemóvel nas aulas para assuntos pessoais...

A proibição de telemóvel nas escolas manda uma mensagem aos pais que continuam a ignorar todos os avisos sobre o mal que fazem às crianças e adolescentes. O vício do telemóvel é pior do que o vício do tabaco porque este ao menos não impedia a aprendizagem No entanto, a proibição de fumar fez baixar drasticamente o número de fumadores com consequências positivas, na saúde das pessoas e não só.

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