March 11, 2024

O poder da Rússia também depende da mentalidade dos 'influencers' do Ocidente




Infelizmente, os conselheiros de alto nível dos Presidentes e outras figuras decisoras são estes séniores com mentalidade formada na escola de Kissinger, esse político venerado pelos autoritários, que manigava golpes de Estado para manter países na sua esfera de influência. Estes seniores estão tão formatados na mentalidade da guerra fria que não conseguem conceber a Rússia como um país normal como outros, que tem de aceitar a ordem internacional. Não lhes entra na cabeça a ideia de a Rússia não ser um império com  direito a escolher as suas áreas de influência. Enquanto esta mentalidade não desaparecer e for substituída por outra que veja Putin como ele é -não um estadista mas um gangster terrorista- Putin continuará a crescer porque ele vê-se ao espelho (e os russos também) na imagem que o Ocidente lhe projecta. 

O Ocidente não reconhecer a palhaçada de eleições na Rússia e a sua eleição, como defende Mikhail Khodorkovsky, é um primeiro passo. Porém, não chega e só quando estes indivíduos de outras eras deixarem de ter poder de influência juntos dos decisores ocidentais é que a situação pode mudar. A ordem internacional já mudou mas eles ainda não perceberam.


A NATO não deve aceitar a Ucrânia - para bem da Ucrânia

As cinco principais razões pelas quais a expansão da aliança ocidental tornaria a situação de Kiev ainda pior.

By , a columnist at Foreign Policy and the Robert and Renée Belfer professor of international relations at Harvard University.

Para deixar clara a minha posição: se eu fosse membro do Congresso dos EUA, votaria sem hesitação a favor do pacote de ajuda adicional, porque quero que a Ucrânia consiga manter o território que ainda controla e quero que Moscovo perceba que tentar conquistar mais território vai ser dispendioso e difícil. Mais ajuda hoje melhorará a posição negocial de Kiev quando se iniciarem discussões sérias, muito provavelmente após as eleições presidenciais dos EUA em novembro. Dito isto, trazer a Ucrânia para a NATO agora é uma má ideia que irá prolongar a guerra e deixar Kiev numa posição ainda pior ao longo do tempo.

Uma delas é que a Ucrânia não pode inverter a situação no campo de batalha e reconquistar o seu território perdido, a menos que obtenha muito mais armamento e tenha tempo para reconstituir as suas forças após os reveses do ano passado.


O meu segundo pressuposto é que os dirigentes russos se preocupam mais com o destino da Ucrânia do que o Ocidente. Não se preocupam mais do que os ucranianos, claro, mas é um interesse mais vital para eles do que para os dirigentes e as populações da maioria dos países da NATO.

Em terceiro lugar, presumo ainda que uma das principais razões pelas quais Putin lançou a sua invasão ilegal em fevereiro de 2022 foi para impedir que a Ucrânia se aproximasse do Ocidente e acabasse por aderir à aliança.

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