Sibelius : The Swan of Tuonela
Junto ao rio de Tuonela, estudo para os frescos do Mausoléu de Jusélius
por Akseli Gallen-Kallela
"De acordo com a fé pagã finlandesa, o destino das pessoas boas e más é o mesmo e os mortos vagueiam pelo além como fantasmas semelhantes a sombras. Tuoni, deus dos mortos, e a sua mulher Tuonetar são os governantes de Tuonela. Embora as descrições físicas de Tuonela variem entre as diferentes versões do mito, uma descrição geral emerge da maioria.
De acordo com os académicos Felix Oinas e Juha Pentikäinen, Tuonela é descrita como estando na parte mais a norte do mundo, mas é separada do mundo dos vivos por uma grande divisão. Na divisão corre o rio escuro de Tuonela.
O rio é selvagem, e os mortos podem ser vistos a tentar atravessá-lo a nado. Os mortos têm de atravessar o rio através de uma ponte feita de linhas de pesca, a nado ou num barco pilotado pela filha de Tuoni. O rio é guardado por um cisne negro que canta feitiços de morte.
Por vezes, as pessoas vivas visitavam Tuonela para recolher informações e feitiços. A viagem exigia uma travessia por entre espinheiros e bosques perigosos, e a derrota do monstro Surma, um monstro que rasga a carne e trabalha para a deusa da corrupção, Kalma.
Uma vez em Tuonela, os vivos não podiam sair. Eles eram recebidos por Tuonetar, que lhes oferecia uma cerveja que limpava a memória para apagar as suas vidas anteriores. Os xamãs podiam visitar Tuonela caindo em transe e enganando os guardas".
Muitas obras do compositor finlandês Jean Sibelius foram inspiradas em temas da Kalevala.
Nesta pintura vê-se o desespero dos mortos que têm de atravessar o rio. Despem-se, porque não se pode levar nada dos vivos para o reino dos mortos e porque, talvez, a nudez represente o estado da alma face à morte: fica descoberta de todos os artifícios da vida.
Quem quiser ler ou apenas espreitar a Kalevala, que é do domínio público, pode fazê-lo aqui: gutenberg.org/files
(excerto)
RUNE VI.
WAINAMOINEN’S HAPLESS JOURNEY.
Boasted then young Youkahainen,
Thinking Waino dead and buried,
These the boastful words he uttered:
“Nevermore, old Wainamoinen,
Nevermore in all thy life-time,
While the golden moonlight glistens,
Nevermore wilt fix thy vision
On the meadows of Wainola,
On the plains of Kalevala;
Full six years must swim the ocean,
Tread the waves for seven summers,
Eight years ride the foamy billows,
In the broad expanse of water;
Six long autumns as a fir-tree,
Seven winters as a pebble,
Eight long summers as an aspen.”
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