September 28, 2023

Grande lata!




Uma fulana que enquanto foi ministra tratou os sindicatos de professores de duas maneiras: uma, ignorando completamente como se não existissem; outra, fazendo memorandos de beneficiar uns para prejudicar todos. Porém, vem aqui falar da necessidade de sindicatos fortes. Grande lata! Daqui a uns anos havemos de ler textos do actual ME, entretanto nomeado especialista da educação da OCDE, a defender a necessidade de sindicatos fortes que defendam os trabalhadores. Que par!


Tomar partido


Maria de Lurdes Rodrigues

Historicamente, o aumento dos salários foi conseguido quando os trabalhadores tiveram força para o reivindicar, nomeadamente através da ação sindical operária. O que exigiu sindicatos fortes, representativos e com capacidade negocial. As políticas de redistribuição foram e continuam a ser muito importantes para a melhoria das condições de vida de todos, mas não substituem o papel dos sindicatos na defesa dos salários dos trabalhadores.

Em Portugal os sindicatos estão, há muito, em perda de representatividade. Perda que se traduz numa presença cada vez menor no espaço público, o que contribui para acentuar aquele enfraquecimento, e, portanto, a sua perda de poder de representação e por adiante, numa dinâmica negativa, cumulativa, difícil de travar. Dinâmica reforçada pela reduzidíssima participação de trabalhadores e dirigentes sindicais no Parlamento e no Governo, ao contrário do que acontece em países como os escandinavos, onde não licenciados e sindicalistas chegam a deputados e a ministros.


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