António Capinha escreve um longo artigo no DN a argumentar sobre a incoerência e falta de ética do deputado do PCP que foi à Ucrânia ocupada observar a farsa de eleições e voltou com um sorriso na cara a falar do futuro radioso da humanidade. Quanto a mim é um desperdício de linhas porque Manuel Pires da Rocha, cuja apresentação no FB está mais abaixo, não pensa.
Há um certo tipo de pessoas que vê o universo político dividido em duas grandes forças ideológicas opostas, uma bem intencionada e outra mal intencionada. A bem intencionada é o socialismo/comunismo. Sim, pode ter dado maus resultados, sempre que foi aplicado, mas isso deve-se a terem interpretado mal ou aplicado mal os princípios de Marx. Porém, a intenção era boa, era levar a felicidade aos trabalhadores, logo, tudo o que fazem é virtuoso.
Do outro lado está a mal intencionada: o capitalismo, cuja maior expressão são os EUA. O capitalismo tem na sua origem a ideia malvada de enriquecimento abusivo através da exploração dos trabalhadores até à miséria. É indiferente que se viva melhor nos países capitalistas democráticos, porque a sua intenção é malvada ou, que os regimes comunistas tenham explorado mais e com maior ferocidade os trabalhadores, porque a sua intenção era boa.
Deste modo, tudo o que vem de um país que se opõe aos malvados capitalistas é sempre bom, logo, a Rússia, que se opõe aos malvados americanos, é pura e boa, mesmo que mate toda a gente: a intenção era levar a felicidade aos trabalhadores. É indiferente que a Rússia seja igualmente governada por grandes predadores milionários que detêm toda a riqueza, porque a sua intenção de se opor aos malvados capitalistas é que conta.
Conheço uma pessoa que se gaba de ser de esquerda e divide os amigos entre os fascistas e os de esquerda e refere-se a eles assim mesmo com esse termo. É um incompetente que causa miséria a todos que para ele trabalham, mas que pensa ser extraordinário na sua pureza de esquerdista e pensa estar muito acima dos 'fascistas'. Não adianta argumentar com estas pessoas porque não pensam. MPR até pode ser um violinista muito inteligente, mas não sabe pensar a realidade. Tem um pensamento infantil, aprisionado em falsos princípios alienados da realidade.
O seu lema, veja-se, é, 'Avançar é preciso'. Se não fosse triste era só cómico, vindo da parte de quem vive no passado, o que diz muito da sua mente. Infelizmente é um deputado e um representante sindical de professores e, tanto num cargo como noutro, decide sobre a vida de outros com a sua mente infantil.
O cristianismo foi mais inteligente que o comunismo e não caiu na armadilha de prometer a felicidade na Terra e adiou-a para a próxima estação, a da vida no Paraíso, pois entendeu que se a prometesse aqui, rapidamente seria desmascarado e perdia a maioria dos fiéis (como realmente aconteceu com o comunismo por esse mundo fora), mas prometendo-a para depois, podia sempre validar um sentido para a miséria da vida terrena. Porém, não perderia todos, não todos. Há por aí muitos MPRs.
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Manuel Pires da Rocha
Primeiro candidato da CDU pelo círculo de Coimbra
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57 anos
Professor de violino
É diplomado em Violino pelo Instituto Gnessin (Moscovo, URSS, 1988).
Integrou comissões para a reforma do Ensino Artístico Especializado. Integrou a direcção do Ateneu de Coimbra.
Foi director do Conservatório de Música de Coimbra e de Loulé.
É músico da Brigada Victor Jara. Participou, enquanto músico, num vasto número de espectáculos e registos fonográficos. Foi autor do documentário seriado «Povo Que Canta - Passo Segundo», para a RTP.
É membro da Assembleia Municipal de Coimbra.
É membro da direcção do Sindicato dos Professores da Região Centro.
Membro da Comissão Concelhia de Coimbra do PCP.
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