Rinaldo ao sarraceno, desdenhoso,
gritou: — Desce, ladrão, do meu cavalo!
Tirarem-me o que é meu, deixar não ouso,
e a quem o quer faço caro pagá-lo;
nem contigo a esta dama dou pouso:
deixar-ta, seria grande resvalo.
Corcel tão bom, dama de tal cariz,
com um ladrão julgo que não condiz. —
— Estás a mentir ao chamar-me ladrão
(disse o outro, não menos sobranceiro);
- Orlando Furioso de Loduvico Ariosto
- Carlos Fiolhais escreveu, há uns anos, um excelente artigo aquando da publicação da obra, Orlando Furioso, contado por Italo Calvino, pela editora Cavalo de Ferro. O artigo de Fiolhais pode ser lido aqui: ariosto-calvino. A própria obra referida pode ser lida aqui: storage/books/.pdf
Ilustração para «Orlando Furioso», Ruggiero e o Hipogrifo - Gustave Doré, 1879
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