(mudou o diploma vetado mas não diz como ou em quê, porque sua excelência autoritária não deve explicações ao povo)
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A questão da desigualdade entre os professores do continente e os das ilhas dos Açores e da Madeira é um facto que não se percebe como ainda não foi analisado pelo Tribunal Constitucional.É óbvio que os custos de insularidade são reais – mas a decisão dos governos regionais (curiosamente, um do PS, na altura no poder nos Açores, e um do PSD, o da Madeira) de reporem na íntegra o tempo de serviço não é uma decisão baseada nos custos de insularidade. Há dois países diferentes no mundo dos professores.
A mensagem do Presidente é dura, duríssima. Numa classe que viu a sua auto-estima descer desde os tempos tenebrosos de Maria de Lurdes Rodrigues à frente do Ministério da Educação, esta frase de Marcelo dá algum alento: "Governar é escolher prioridades. E saúde e educação são e deveriam ser prioridades se quisermos ir muito mais longe como sociedade desenvolvida e justa".
Esta sexta-feira entrevistei Paulo Mota Pinto, o ex-líder parlamentar do PSD, que se lembrou que não foi com esta compreensão para com os professores que o Presidente da República reagiu quando Costa ameaçou demitir-se se fosse aprovado no Parlamento, com os votos do PSD, um projecto a defender a devolução do tempo de serviço. A pressão sobre o PSD foi tanta que os sociais-democratas foram forçados a dar o dito por não dito. Mas os tempos mudam.
Ana sá Lopes in publico.newsletter
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