O pai da criança entrou na escola e em frente aos colegas agrediu o filho no interior da escola. De imediato foram acionadas medidas de proteção da criança e o próprio diretor do Agrupamento de Escolas do Viseu, Rui Cardoso, tentou acalmar a situação, acabando mesmo por escorregar no meio de toda a confusão.
Não vou comentar a violência, física e psicológica que é um pai bater num filho e logo em frente dos colegas porque isso já foi muito comentado. Aqui o que reparo é que o pai entrou na escola. Isto é cada vez mais comum dado haver pouquíssimos funcionários. Já aconteceu na minha escola, várias vezes e sei por colegas que acontece cada vez com mais frequência nas suas escolas. Se uma escola devia ter 50 funcionários e tem 20 ou se devia ter 20 e tem 7, é evidente que esses 20 ou esses 7 têm de fazer várias tarefas em cada dia, como por exemplo, estar ao portão a controlar quem entra e de, repente, ter que ir para a recepção atender chamadas porque a funcionária da recepção teve que ir para a papelaria vender senhas para o refeitório porque não há lá ninguém.
É a situação da escola pública. Mas o primeiro-ministro, em vez de fazer o seu trabalho, faz palestras a aconselhar os governos à competência com vista à melhoria da vida do povo. Parece uma rábula, mas não é.
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