Michele Gallia, Matias Rubbino, Angelica Guarín e Harrison Mille
Os benefícios de manter o aeroporto dentro da cidade (poucos e baseados em suposições em lugar de factos e números) são muito menores que os custos (muitos e já amplamente estudados).
Carta aberta ao Governo
Somos jovens profissionais estrangeiros que recentemente se mudaram para esta maravilhosa cidade que é Lisboa, havendo quem nos chame nómadas digitais, mesmo que a nossa intenção possa ser de cá permanecer. Como muitos estrangeiros nos últimos anos, escolhemos Lisboa e Portugal como a nossa nova casa pois há muito para amar nesta cidade e neste país – as pessoas, a cultura, a paisagem, só para dar alguns exemplos. Certamente existem problemas também (desde o trânsito caótico na cidade à subida das rendas), mas estes estão bem reconhecidos e os diferentes actores estão a esforçar-se para resolvê-los. Mas há um problema específico que ainda não é amplamente reconhecido como tal: é o caso do aeroporto de Lisboa localizado no interior da cidade. Ainda pior: para alguns esta localização é considerada um factor de atractividade.
Consequentemente, a questão que temos colocado a nós mesmos é a seguinte: porque é que outras cidades que estiveram na mesma situação que Lisboa (por exemplo, Hong Kong, Berlim, Atenas ou Munique) fecharam completamente o aeroporto antecedente preferindo construir um novo fora da cidade? Porque, em nossa opinião, os benefícios de manter o aeroporto dentro da cidade (poucos e baseados em suposições em lugar de factos e números) são muito menores que os custos (muitos e já amplamente estudados).
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