August 21, 2022
"E é por isso que é tão difícil de compreender a decisão do juiz..."
É difícil? Não, não é. O juiz é homem e quer punir a mulher por ter afastado o filho do pai e foi isso que pesou na sua decisão, mais do que o interesse da criança.
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Sabe-se que o menino resiste às tentativas de aproximação do pai, incluindo os encontros determinados pelo Tribunal no "Espaço Família". Sabe-se que há uma avaliação de uma psicóloga que responsabiliza a mãe pela rejeição do menino ao pai. E, finalmente, sabe-se que não está em causa o ambiente familiar em que o menino está inserido (a mãe voltou a casar e teve mais uma filha), nem o carinho ou o cuidado com que é tratado. Sabe-se até que é um dos melhores alunos da sua escola.
E é por isso que é tão difícil de compreender a decisão do juiz que acompanha e decidiu sobre este caso: quer a institucionalização urgente do menino. Segundo o juiz do Tribunal de Família e Menores da Maia, um menino que recebe a educação, proteção e carinho devidos a qualquer criança da sua idade estaria melhor aos cuidados de uma instituição. Continuaria longe do pai e, por decisão do juiz, ficaria também longe da mãe. É para abrir a boca de espanto. Nem Salomão se lembraria de tal.
https://www.jn.pt/opiniao/rafael-barbosa/o-menino-da-sua-mae-15103412.html
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justiça
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Só não recebe a atenção do pai, impedido (condicionado?) pela mãe, e isto também deveria ser matéria para apreciação.
ReplyDeleteDe resto, estamos perante mais uma decisão no mínimo absurda.
Pois devia, mas é um assunto diferente.
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