August 04, 2022

ADSE: o quer o governo? Pôr lá os amigos da petanca? E para quê?

 


E porque é que a tutela atual da ADSE passou para o Ministério da Presidência e, dentro deste, foi delegada na secretária de Estado da Administração Pública, ao mesmo tempo que a autorização de despesas tem a tutela do Mistério das Finanças? Para tornar impossível a gestão? E porque é que está a dificultar as eleições? E porque vai fazer uma consulta a todos os portugueses, agora em Agosto, às escondidas, sobre um sistema que é pago pelos beneficiários e não por todos os portugueses? E porque deixaram de pagar aos beneficiários? Para encaixar 900 milhões de receita e meter nas mãos do Medina e da Vieira, esse par de políticos no pior sentido parasitário do termo?



ADSE. Eugénio Rosa pede eleições e culpa Governo pelo atraso e "manipulação"


“Tudo tenho feito internamente para apressar a sua realização, mas tem sido em vão devido aos obstáculos criados pelo Governo. Primeiro, a desculpa foi a pandemia; depois, a queda do Governo; a seguir estava em gestão; e agora a existência de um Governo que desde que tomou posse foi incapaz de aprovar e publicar uma simples portaria para que se possam realizar as eleições na ADSE”, refere. E acrescenta: “Como se tudo isto já não fosse suficiente, o Executivo ‘engendrou’, à última da hora, uma consulta pública aberta a todos os portugueses e não apenas para os beneficiários da ADSE sobre a portaria que vai regular as eleições, o que levanta sérias dúvidas sobre os objetivos e credibilidade de tal consulta”, recordando que quem paga este subsistema de saúde são os trabalhadores das administrações públicas “até porque é financiada com os descontos de 3,5% dos trabalhadores e dos aposentados da Função Pública” e que em 2021 rondou os 670 milhões.

Face a este cenário, Eugénio Rosa garante que poderá ser criada “uma autêntica confusão cujos resultados não merecerão qualquer credibilidade”, o que o leva a defender que tudo isto se trata de “um absurdo e que só é possível de ser feito por quem desconhece a realidade ou está mal informado, ou tem objetivos que pretende esconder”.

Dificuldades no acesso O economista lembra ainda as dificuldades que a ADSE está a enfrentar em relação aos prestadores do regime convencionado, uma vez que isso também está a dificultar o seu acesso a cuidados de saúde, nomeadamente nos cinco maiores grupos privados de saúde. E dá como exemplo, os grupos CUF, Luz, Lusíadas, Trofa e GHPA.

Em 2021, os beneficiários pagaram no regime livre 270 milhões de euros e a ADSE reembolsou-os com 121 milhões de euros, ou seja, uma média de 45%. “Numa altura em que a ADSE tem acumulado na Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) cerca de 900 milhões de descontos dos beneficiários, estando aplicado 600 milhões em Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo (CEDIC) que rendem apenas 0,1% ao ano”, o que no seu entender, mostra que “reduzir os valores dos reembolsos que já não são atualizados há 18 anos seria aumentar ainda mais a parcela da despesa que já é suportada pelos beneficiários, o que seria incompreensível e causaria uma forte reação contra a ADSE”.

De acordo com o responsável, “há muitos atos que existem na tabela do regime convencionado, mas não existem na tabela do regime livre”, acrescentando que “a transposição dos valores do regime convencionado para o regime livre como valores a reembolsar pela ADSE poderá também criar outros problemas”.

No comments:

Post a Comment