Coisas impensáveis nos tempos que correm. Mikhail Gorbachev e Reagan assinam o tratado de desamamento nuclear e falam de paz e de desmilitarizar a vida humana. Mais abaixo, Mikhail Gorbachev passeia com Reagan por Moscovo. Havia, nessa época, logo após à queda do Muro de Berlim e de todo o bloco de Leste mais a abertura da Rússia, uma grande excitação. Pensava-se que era o começo de uma colaboração pacífica a nível mundial. Enfim, pensávamos, todos nós ingénuos, porque uma ala americana pensou no assunto em termos de vitória do capitalismo sobre o comunismo e os abutres acorreram todos aos despojos do império.
Gorbachev nunca quis acabar com a URSS, mas este império estava tão podre por dentro que bastou uma machadada, dada em Berlim para se desmoronar todo. É isso que os russos não lhe perdoam. Isso, a pobreza que se seguiu a esse caos e o bêbedo do Yeltsin a envergonhá-los a todos. E foi por isso que desejaram Putin.
Porém, Gorbachev é o político mais importante da segunda metade do século XX russo e uma das maiores figuras positivas mundiais do século XX do Leste da Europa: um indivíduo que abriu um caminho de esperança e liberdade sem paralelo numa zona europeia sempre oprimida ora pela Rússia, ora pela Alemanha e o seu impacto positivo foi mundial. Foi um impacto de paz e de esperança. Já Putin, não abriu nada, só fecha e o seu impacto é: roubos, assassinatos, opressão e miséria. Entre os que manda matar e os que manda prender (voltou a prender Leonid Yakovlevich Gozman) se não o tiram do Kremlin daqui a uns tempos a Rússia fica reduzida a bandidos e criminosos no poder.
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