Em Julho de 2015, escrevi este texto no outro blog, pai deste, o do sapo, acerca de Putin e da entrevista que deu (publicada mais abaixo) e, atrevo-me a dizer que estamos hoje no corolário óbvio da estrada que já então se via, só que desde então a Rússia teve tempo para cimentar as suas posições e juntar aliados à causa:
"Desde que os EUA abandonaram, unilateralmente, o acordo anti-mísseis balísticos para prosseguirem interesses próprios, abriram mão do equilibrio de forças que existia e, isso deu-lhe a ele legitimidade para também lutar pelos seus... é assim que ele vê a relação de forças e é evidente que se pensa numa posição moral superior nesse aspecto.
(...)
Putin vê-se como um defensor do resto do mundo contra a desmesurada força e falta de ética americanas dos últimos 50 anos ou assim. Obama, a NATO e Merkele falharam redondamente na abordagem dos problemas a Leste e isso custou à Ucrânia, a Crimeia e uma guerra civil.
Putin tem feito demonstrações de força militar na Europa (russia-s-putin-takes-swipe-at-u-s-in-victory-day), tem violado o espaço dos países fronteiriços, que é uma maneira muito clara de dizer que, se a Europa quer estar completamente dependente dos EUA, que esteja, mas eles não estão dispostos a ser uma alínea nos interesses americanos. [Putin lamenta falta de «independência» da Europa face a Washington]
A Europa está numa encruzilhada perigosa e em risco de se ver numa situação da qual pode não conseguir, nem desembaraçar-se nem defender-se, interna ou externamente. E parece que os franceses e os alemães estão cegos a tudo que não seja o poder do seu directório."
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