January 07, 2022

Porque é que neste pais tudo é feito sem transparência?

 


Porque não sabemos quem são as pessoas que fazem os programas políticos? Quem fez o programa da educação do PSD? É segredo? Porque não se divulga, para sabermos das credenciais de quem faz as linhas com que nos querem coser.

É que eu aposto que foi feito por pessoas que trabalharam com Crato e com Lurdes Rodrigues. 

Vejamos: 

- Do Crato recupera o excesso de exames, a precarização da profissão com excessiva mobilidade de docentes e mesmo, ideias de descartar professores por considerar que há docentes, bem como passá-los para as autarquias.

- Da Lurdes Rodrigues recupera os titulares, embora não lhe dê esse nome, mas ao abrir escolas para formar directores e coordenadores, está a restringir os cargos a meia dúzia de pessoas, provavelmente nomeadas pelos directores, como já acontece para serem seus freteiros e, naturalmente, esses terão uma carreira com benesses, como já acontece ao director. E essas carreiras serão separadas em privilégio e poder dos restantes colegas. Apesar de que nas escolas, o trabalhos dos professores, com exceção da direcção, ser todo igual, seja-se coordenador, DT ou do Conselho Geral. Mas a intenção é vedar os cargos à maioria e ter uma minoria de capachos bem treinadinhos na arte de abanar a cauda, como queria a Rodrigues e em parte conseguiu, a quem pagam com escalões inacessíveis ou outras benesses quaisquer.

Ora, o que é isto senão recuperar os titulares? E mesmo a ideia de fazer caderninhos e materiais para mostrar a júris -constituidos por capachos coordenadores de outras escolas- é ideia da Rodrigues.

Fui ao programa à procura dos autores e não tem autores. Portanto, gostava de saber: quem são as pessoas que fizeram o programa da educação do PSD? Acho que temos o direito de saber.


6 comments:

  1. Ai que só me falta este aninho de 2022 para me pôr na alheta!😊

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  2. Que mal havia com os titulares?

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  3. precisa de escrever várias páginas para explicar mas posso resumir numa frase: pôs os professores uns contra os outros, porque deu a uns, arbitrariamente, o poder de destruir os outros. Destruiu a colaboração entre professores, prejudicou enormemente os alunos. Ainda hoje as pessoas não se falam. Estão no mesmo conselho de turma e não se falam. Algumas ficaram com a carreira destruída. Os titulares não eram os melhores professores ou com mais mérito, eram só mais velhos. Tornaram-se uns idiotas que tratavam mal os colegas mais novos, como se fossem seus servos. Passaram-se coisas muito feias nas escolas.

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  4. Esquisito de facto. Na carreira universitária é assim. E não é fácil chegar a Catedrático. E muitos nunca lá chegam, acabando a carreira em Associados ou abaixo. As promoções são decididas por júris constituídos por professores. Nunca percebi por que é que nos outros graus de ensino não pode ser assim. Gostava de perceber.

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  5. Na carreira universitária à medida que se vai subindo na carreira tem-se outros responsabilidades. Sei lá, ser responsável pelo curso, pela contratação de pessoas, pelos doutoramentos, pelos financiamentos... nas escolas, tirando o trabalho da direcção que é diferente e tem elementos que são nosso superiores hierárquicos, todos os outros estão no mesmo plano: damos aulas, apoios, somos diretores de turma, coordenamos um projecto qualquer... temos algumas horas (poucas) para isso, mas não implica nenhuma hierarquia de uns sobre outros. Mesmos os coordenadores dos departamentos, hoje em dia só fazem burocracia e obedecem a ordens do director que é quem os escolhe. No tempo em que fui coordenadora do departamento éramos eleitos totalmente pelos colegas, o cargo era democraticamente rotativo (agora estão lá cimentados) e fazíamos muito trabalho, mas mesmo assim, não éramos superiores hierárquicos dos colegas. Éramos mais representantes dos grupos disciplinares do departamento e íamos ao pedagógico representar e defender os seus interesses e direitos. É claro que isso era no tempo em que a opinião e a iniciativa dos professores era valorizada, agora mandam-nos calar e falam por cima de nós. Os cargos eram rotativos, excepto na direcção, e nós mais velhos tivemo-los todos, o que era muito bom porque ficamos a perceber o funcionamento da escola e somos mais eficientes por isso.

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