O papa Francisco encontrou-se com o ayatola Ali Sistano , o mais alto dignatário xiita do Iraque
Sistani, uma referência religiosa xiita do Iraque e do mundo, afirmou hoje ao au pape que os cristãos do Iraque deviam viver em paz e em segurança.
Par Le Figaro avec AFP
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Ontem vi um bocado da visita do papa ao Iraque. Apanhei este directo mais ou menos no minuto 17 onde se vê o papa passar pelo meio de uma coluna de iraquianos, homens e mulheres, vestidos com trajes regionais e com os adereços próprios. Estava a ver que se percebe, alguma coisa, do contexto cultural das pessoas, pelo traje -alguns têm que ver com a vida no deserto, outros com um passado guerreiro, outros com o passado mesopotâmico- e a pensar que ainda bem que existe diversidade cultural e que os povos a tentam preservar, porque culturas diferentes têm modos diferentes de lidar com a realidade, de a pensar e de a abordar e isso é enriquecedor.
Querer acabar com a diversidade de culturas e normalizar tudo é o mesmo que querer apenas uma variedade de maçãs ou uma única raça de cães.
Depois o papa sai para se dirigir a outro sítio e cá fora está tudo ocidentalizado: à espera dele um BMW, montes de seguranças, dignitários, todos vestidos de fato e gravata. O edifício, no entanto, de onde saíram, tem uma arquitectura própria do médio oriente. Parece uma tenda gigante do deserto.
Vi aqui um sinal positivo: por um lado as culturas adoptam o que é benéfico no sentido da adaptação a um mundo de tecnologia e normalização internacional mas por outro não não abdicam da sua voz particular. Sendo certo que muito está por fazer nos direitos humanos, este parece-me um bom princípio. Difícil, sobretudo quando as populações se misturam em culturas diferentes, como se vê na emigração, mas pelo qual vale a pena lutar.
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