Ganhou o Prémio Nobel de Literatura em 1962 As suas obras são consideradas clássicos da literatura ocidental.
Durante a sua carreira de escritor, escreveu 27 livros, incluindo 16 romances, seis livros de não ficção e duas coleções de contos. É muito conhecido pelos romances cómicos Tortilla Flat (1935) e Cannery Row (1945), o épico East of Eden (1952) e as novelas Of Mice and Men (1937) e The Red Pony (1937). Vencedor do Prémio Pulitzer com The Grapes of Wrath (1939), considerada a sua magnun opus.
A maior parte das obras de Steinbeck passam-se no centro da Califórnia, particularmente no Vale Salinas e na região das cordilheiras da Califórnia. Frequentemente exploravam os temas do destino e da injustiça, especialmente quando aplicadas a protagonistas oprimidos ou comuns.
John Steinbeck morreu na cidade de Nova York em 20 de dezembro de 1968, de doença cardíaca e insuficiência cardíaca congestiva.
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Estava aqui a fazer um mapa mental da cronologia da minha relação com a literatura. Depois da literatura infantil portuguesa e inglesa que me lembro de ler antes dos 10 anos de idade, o que li a seguir (entre os dez e os onze anos) foi a literatura inglesa e americana: o Dickens (a começar pelo David Copperfield que teve uma grande influência em mim), o Mark Twain, a Harriet Beecher Stowe ( A Cabana do Pai Tomás, outro livro que me marcou muito); Steinbeck e Pearl Buck - li vários livros deles da editora Livros do Brasil - os dela na colecção Dois Mundos. Dele, lembro-me de ter lido A Pérola, A Um Deus Desconhecido e o Diário Russo. As grandes obras dele só as li mais tarde. Dela li quase duas dezenas de livros. A minha mãe tinha os livros quase todos da editora Livros do Brasil e da coleção Dois Mundos e foi com essa editora que li quase toda a literatura clássica ocidental, entre os dez e os quinze anos. A seguir aos americanos passei-me para os russos e os franceses.
Foi o Diário Russo de Steinbeck que, em grande parte, me levou ao Dostoievsky e à literatura russa e foram os livros da Pearl Buck que me fizeram interessar pelo Oriente e tomar consciência das questões do sentido da existência e do sofrimento.
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~Steinbeck, citado por Ronald Wright, em A Short History of Progress
Engraçado como temos um percurso semelhante, apesar de eu ser mais velha do que tu. A coleção "Dois Mundos" era A Coleção.
ReplyDeleteO livro "A um Deus desconhecido" do Steinbeck marcou-me muito, quando eu tinha os meus 13/14 anos....
E, quando entrei na Faculdade de Letras e me deram uma data de folhas A4 com romances para ler, eu já os tinha lido quase todos. Lembro-me bem da cadeira de Introdução à Literatura onde a professora disse: Isto é para ler até ao Natal!". E toda a gente, à minha volta, aflita com tantos livros. Eu era a única que não estava preocupada! É claro que, depois, tinha-se de analisar tudo aquilo com olhos de ver e segundo os critérios da Teoria da Literatura mas foi um grande avanço! 😊🙆♀️
Também li, 'A um Deus desconhecido'. Já nem lembrava.
ReplyDeleteHá muito pouco tempo, numa formação, o formador, um tipo da minha idade, mais coisa menos coisa, a certa altura diz, com muito orgulho, 'estou a ler Proust. Um autor que todos citam mas ninguém lê' lol fiquei calada, claro, não lhe disse que o li todo aos 16 anos e o volume, O Caminho de Guermantes, li-o duas vezes. Na nossa altura muita gente lia. A TV era insipiente e os filmes escasso. Não havia PC. Hoje em dia percebo porque gostei tanto de Proust: ele falava de psicologia numa altura em que ninguém, a não ser em nichos de conhecimento, falava disso.