September 29, 2020

O que é que o reitor de uma universidade sabe de escolas?

 


... para dizer uma coisa destas? Nem sequer percebe o que são adolescentes, para já não falar de crianças. Mesmo dentro das salas têm dificuldade em não tocar uns nos outros, emprestar material, tossir e espirrar, etc., mas assim que chegam aos intervalos, tiram selfies, partilham sandes, cremes, telemóveis, empurram-se, abraçam-se. Depois, as escolas já têm professores com covid mais do que se fala nas notícias. E isto tendo em conta que há escolas, onde os professores, depois de dar as aulas vão para os corredores e pátios fazer o trabalho dos funcionários que não existem, durante 5, 6 ou mais horas atribuídas no horário e espera-se que andem a separar alunos, que é para aumentar ainda mais as possibilidades de apanharem o vírus.

Portanto, dizer que os maiores riscos estão fora das escolas, só se está a falar da festa de Fátima e da festa do Avante, mas bem, isso é pôr a fasquia no ponto mais alto.

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Mais ainda se compararmos as escolas com grandes superfícies comerciais, espaços de diversão ou mesmo a via pública. São comuns os ajuntamentos potencialmente propagadores do vírus em locais sem o controlo sanitário e as regras de higiene das escolas. Em ambiente escolar, há maiores garantias de proteção facial, higienização das mãos e distanciamento físico - regras muitas vezes descuradas em convívio fora dos estabelecimentos de ensino.

~António de Sousa Pereira, Reitor da Universidade do Porto - Maiores riscos estão fora das escolas

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