April 01, 2020

Nim



Crise no governo da Holanda nasce após posição "repugnante"

As críticas de António Costa, seguidas de reações das diplomacias espanhola e italiana, estão a causar polémica dentro do próprio executivo de Mark Rutte e na sociedade holandesa.

Não,
não percebemos as palavras e a posição do ministro holandês e de outros do Norte relativamente aos problemas dos do Sul quando impuseram uma ditadura de austeridade e emprestaram dinheiro com juros de usuário e não de parceiro que quer ajudar. Assim é difícil pagar.

Sim,
percebemos o medo que os países do Norte têm em comprometer-se conjuntamente com os do Sul, pelo menos no que respeita ao nosso país.
Desde o 25 de Abril já tivemos, quantos resgastes pelo FMI e troika? 4? 

De dez em dez anos vamos à falência e temos que pedir dinheiro. O dinheiro vem e desaparece nos corredores dos ministérios: é o amigo banqueiro que quer 500 milhões para um projecto turístico e em troca convida o ministro para as suas festas e férias selectas; é o da sociedade de advogados que cobra pareceres a 100 mil euros e promete emprego ao filho do senho ministro; é o secretário de Estado que tem um primo com uma empresa e queria um contrato com o Estado, é o próprio ministro que sempre sonhou ter uma quinta em Sintra, são os deputados que aumentam as suas alcavalas e não se submetem ao fisco; são os do partido que querem contratos para os da terra que os elegeram; são as empresas multinacionais que querem contratos e oferecem empregos, etc., etc., etc. 

Veja-se este ministro das finanças, com esta fama de ser muito bom, como deixou o país à míngua, com serviços públicos depauperados e cheio de empregos precários, e como vai sacar dinheiro a todo o lado: à segurança social, aos impostos brutais, à caixa de previdência, aos fundos de pensões, à ADSE, enfim, saca todo o dinheiro que contribuímos e depois o dinheiro pura e simplesmente desaparece no ministério das finanças. De vez em quando sabemos que vai enfiar 2 mil milhões num banco, ou 500 milhões numa PPP... andamos sempre pobres com o pretexto da dívida e esta sempre a aumentar.

2 comments:

  1. É verdade o que escreveu, mas qual desses países foi um dos mais contemplados pelo plano Marshall? Como se comportaram os finlandeses durante a segunda guerra mundial?

    Nós temos os nossos defeitos e são muitos, mas não quero ser holandês e, sobretudo, nórdico.

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  2. São coisas diferentes, não? Não podemos andar sempre a cobrar a 2ª guerra aos alemães ou aos povos colaboracionistas como faz a Inglaterra. Parece-me que a ideia da UE foi mesmo para ultrapassar esse estado de coisas em que a Europa estava encalhada desde o Império Romano. Sim, eu sei que começou prosaicamente com uma liga do carvão e do aço mas evoluiu para uma ideia de paz e convivência inter-nações e parece-me que é nisso que tem de se trabalhar. Ora, para que isso aconteça, seria bom que víssemos, não apenas os defeitos dos outros mas os nossos, e que fossemos capazes de melhorar.

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