February 28, 2020
Diário de bordo II
Outra coisa que acontece em quase todos os dias com pintas cinzentas é ler um livro de uma ponta à outra. Enquanto vou a caminho, enquanto espero e depois, na volta, se venho directa para casa e não fico abananada como acontece com certas biópsias, endoscopias, etc. leio um livro. É claro que não se trata de um livro muito grande ou de estudo.
O último que li foi este:
Calhou abrir o livro ao calhas e dar de caras com esta frase:
Dado que estive duas vezes no deserto do Saara e em ambas as vezes tive uma experiência indelével, achei que o autor seria uma espécie de alma gémea nesse aspecto particular. O livro é bom mas fala mais sobre o silêncio (essa paz interior) que sobre o deserto; no entanto, esta frase onde pus os olhos quando o abri ao calhas, é a melhor frase do livro. Que bingo :)
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Sobre o deserto escreveu muito o Paul Bowles...
ReplyDeleteNão conheço. Este afinal escreveu pouco sobre o deserto mas escreve bem. Depois fui ver. Este livro faz parte duma trilogia sobre o silêncio e o autor é um padre que fundou uma organização de amigos do deserto, um pouco para recriar as primeiras comunidades cristãs no deserto do Egipto. De modo que o livro é interessante mas não o que eu queria porque eu não fui para o deserto para me despojar do mundo e encontrar Deus. É aquela parte do infinito e da plenitude o que me interessava.
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