3. O terceiro caminho é um caminho de influência/resistência baseado na lei mas fora do sistema partidário político, uma vez que as oposições partidárias já são peças do jogo.
É que os partidos são ideias e forças mas também são pessoas com ambições, umas de raíz, outras do próprio exercício do poder que é gerador de vaidades e cegueiras, e é isso que sempre estraga os partidos e arrasta as pessoas com eles.
Veja-se os Macrons, cheios de ideias quixotescas de chegar lá e mudar tudo para muito melhor e cada vez enterra mais a França nos lobbies das grandes corporações internacionais. Nem sequer se preparou para ter que lidar com os problemas das pessoas reais e reage mal às críticas e à oposição, com autoritarismo e com a força das balas, como aconteceu no mês passado.
França é uma espécie de último reduto nesta luta da democracia: o país da liberdade, igualdade e fraternidade. Estão em luta feroz há meses e meses e as notícias não chegam aqui ao cantinho... há um boicote às notícias, não vá as pessoas aqui terem ideias.
Aqui em Portugal, apesar de sermos um povo manso, qualquer crítica é esmagada pela máquina de sicofantas às ordens de Costacenteno.
Nem falo de países como os EUA, onde o povo passou a ser o Presidente e não o contrário ou da Rússia de Putin onde se muda a Constituição para se perpetuar no poder. A América Latina... enfim, está a espalhar-se como um vírus.
De modo que tem que se agir de outro modo. Parece-me que há pressupostos ou princípios ou fundamento racional para um modo diferente de agir com vista à mudança ou, melhor à inversão deste caminho que leva a lado nenhum que nos interesse. Vou ter que pensar um bocadinho como escrevê-lo.
(continua)
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