... é um circo e nós somos os palhaços que pagamos isto tudo.
Todos os dias aparecem cofre com milhões de euros e vemos que estas pessoas vivem para esbulhar o próximo em proveito próprio. E nem sequer têm grande pudor em escondê-lo. Aparecem com as mentiras mais infantis que se possa crer. Lê-se e não se acredita. No entanto, é a verdade que fomos governados por estes indivíduos. É verdade que enquanto o amigo Sócrates governou não podíamos dizer o [já então e não apenas agora] óbvio sobre o indivíduo sem que fossemos logo apelidados de perigosos direitistas. E também é verdade que somos governados pelos amigos do homem dos cofres, os mesmos que se sentavam com ele na mesa do conselho de ministros, mais os seus secretários de Estado, os mesmos que se sentavam com ele nos almoços e jantares que oferecia com os milhões dos cofres recheados. Os mesmos que faziam as negociatas em seu nome e o defendiam como cães aos donos. Só quem não quer ver não vê.
São pelo menos quatro os cofres que guardavam o dinheiro dos arguidos do processo Marquês. Sócrates tinha dois; Santos Silva outros dois. (CM)
O ex-primeiro-ministro tinha um no BPI e outro, que era da tia-avó, onde a mãe guardou a herança do pai; Santos Silva, por seu turno, disse na quarta-feira que tinha um cofre para guardar as luvas que recebia ‘por baixo da mesa’: Esta quinta-feira revelou que tinha outro, desta vez para guardar o dinheiro que precisava para fazer lóbi. Esse estava em casa de Gonçalo Trindade Ferreira, advogado, e esta quinta-feira o amigo de Sócrates revelou que servia para que quando se encontrasse fora do País pudessem ser feitos pagamentos a lobistas.
Sobre a casa de Paris, o discurso de Santos Silva foi o esperado. Disse que a casa era sua e que a emprestou ao ex-governante. O mesmo respondeu sobre o dinheiro que frequentemente fazia chegar a Sócrates: também eram empréstimos, no quadro da amizade "fraterna".
Quando o juiz o confrontou com vários negócios das suas empresas, Santos Silva foi respondendo "não me lembro, não sei". O empresário explicou ainda que era frequente andar com muito dinheiro vivo, mas que isso sempre foi uma prática corrente dos construtores civis. Tal como os cofres.
23 milhões na Suíça
Santos Silva garantiu que Sócrates não sabia que ele tinha repatriado 23 milhões da Suíça, ao abrigo do RERT II, um programa do governo de Sócrates.
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