Nas primeiras horas da madrugada de 12 de novembro de 1833, o céu dos EUA parecia explodir com estrelas cadentes. Diferente de tudo o que alguém já tinha visto antes, e visível em todo o continente. Um jornalista comentou que "os próprios céus pareciam em chamas".
Um jornal do Alabama descreveu "milhares de corpos luminosos disparando através do firmamento em todas as direcções".
Observadores em Boston estimaram haver mais de 72.000 "estrelas cadentes" visíveis, por hora, durante a notável tempestade celestial.
O povo Lakota ficou tão maravilhado com o evento que redefiniu o calendário para comemorá-lo.
O povo Lakota ficou tão maravilhado com o evento que redefiniu o calendário para comemorá-lo.
Joseph Smith, viajando com refugiados mórmons, anotou no diário que aquele era certamente um sinal da Segunda Vinda. Abraham
Lincoln, Frederick Douglas e Harriet Tubman, entre muitos outros, descreveram ter visto o evento. Ficou conhecida como "A noite em que as estrelas caíram". Então, o que foi essa ocorrência surpreendente?
Muitos dos que a testemunharam interpretaram-na como um sinal bíblico do fim dos tempos, recordando palavras do evangelho de S. Marcos: "E as estrelas do céu cairão, e os poderes que estão no céu serão abalados."
Muitos dos que a testemunharam interpretaram-na como um sinal bíblico do fim dos tempos, recordando palavras do evangelho de S. Marcos: "E as estrelas do céu cairão, e os poderes que estão no céu serão abalados."
O astrónomo de Yale, Denison Olmsted, procurou uma explicação científica e, pouco tempo depois, lançou um apelo ao público nos jornais de todo o país - talvez o primeiro esforço científico de recolha de dados em grupo:
Como os meteorologistas não compreendem a causa das "estrelas cadentes", querem recolher todos os factos que acompanham este fenómeno, apresentados com a maior precisão possível. O assinante, portanto, pede para ser informado de todos os detalhes que foram observados por outros, respeitando o tempo em que foi descoberto pela primeira vez, a posição do ponto radiante acima mencionado, se progressivo ou estacionário, e quaisquer outros factos relativos aos meteoros."Olmsted publicou as suas conclusões nos anos seguintes, tendo a informação que tinha recebido de observadores leigos ajudado a tirar novas conclusões científicas no estudo de meteoros e chuvas de meteoros.
Observou que a chuva irradiava de um ponto da constelação de Leão e especulou que era causada pela passagem da Terra por uma nuvem de poeira espacial. O acontecimento, e o fascínio do público pelo mesmo, provocou uma onda de interesse pela "ciência cidadã" e aumentou significativamente a consciencialização científica do público.
Atualmente, sabemos que todos os anos, em Novembro, a Terra atravessa os detritos do rasto de um cometa conhecido como Tempel-Tuttle, provocando as chuvas de meteoros que conhecemos como Leónidas. Impressionantes todos os anos, a cada 33 anos são especialmente espectaculares, embora muito raramente atinjam a magnificência do evento de 1833.
O dia 12 de novembro de 1833, que faz hoje (há uma semana) cento e noventa anos, foi The Night the Stars Fell (A noite em que as estrelas caíram).
Atualmente, sabemos que todos os anos, em Novembro, a Terra atravessa os detritos do rasto de um cometa conhecido como Tempel-Tuttle, provocando as chuvas de meteoros que conhecemos como Leónidas. Impressionantes todos os anos, a cada 33 anos são especialmente espectaculares, embora muito raramente atinjam a magnificência do evento de 1833.
O dia 12 de novembro de 1833, que faz hoje (há uma semana) cento e noventa anos, foi The Night the Stars Fell (A noite em que as estrelas caíram).
- @fopminui
A imagem abaixo é uma representação de 1889 do evento.