O rio está negro.
Hoje tive que ir à baixa da cidade (a baixa está bonita. Acabaram as obras de Santa Engrácia e aquilo ficou bonito. Florido. Finalmente devolveram a praça do Convento de Jesus à população. Está bonita) e aproveitei para ir ao mercado.
Há quem se entusiasme com um carro novo, eu entusiasmo-me com batatinhas do tamanho de mirtílios. São escavadas à enxada - com uma máquina industrial perdiam-se todas. As cenouras, são espectaculares, só não parecem porque ainda vêm com terra, mas são daquelas saborosas e que ao fim de duas semanas ainda estão rijas e boas. E os alhinhos da Primavera?
Enfim, está um belo dia e a única coisa negativa na cidade são as pessoas que não usam máscara nas ruas que já têm muito movimento. Estão a ver se nos mandam todos para casa.
E não é só do Natal e Ano Novo. Mais de metade das pessoas que andam na rua não usa máscara. Às vezes discutem à porta das lojas para entrarem sem máscara... andam dentro dos prédios sem máscara... está tudo na descontração. Uma gente ignorante. Têm aquele discurso idiota de eles é que sabem da sua vida e tal. No emprego são uns amorfos que amocham a tudo e comem calados, mas depois usar máscara é que os ofende...
Acho que ainda vai mudar de cor mas agora está este ouro Rembrandt e escolho acreditar que é uma oferta que o universo me faz porque estava a precisar de encher a alma de belo.
E estive a vê-lo clarear. Com o meu olho que já consegue ver sem dor, desde que o médico lhe pôr uma lente que é uma espécie de... preservativo... non passa nada 😁