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October 27, 2024

Isto é muito difícil

 


No meio de uma multidão pró-Palestina, agressiva, como é hábito nesses manifestantes, um polícia está sozinho com outro e mantém-os afastados, com autoridade, mas sem violência. Conseguimos ver na sua expressão a tensão em que está, apesar de aparentar estar calmo. Isto é muito difícil de fazer e geralmente, o que acontece nestas situações é a polícia sentir-se insegura, ficar num excesso de tensão e responder com excesso de força, porque é preciso ter inteligência, muita experiência, muito-sangue frio e muito auto-controlo para se manter firme e com autoridade, sem violência, quando se está em minoria no meio de um ajuntamento de pessoas com comportamentos agressivos, sem saber se estão armados.

Não há nenhum professor que dê aulas há muitos anos que não tenha já tido experiência desta situação, mais do que uma vez: ter delinquentes dentro da sala de aula, geralmente com dois ou três apoiantes (às vezes indivíduos grandes, com dezasseis ou dezassete anos) ser provocado com agressividade e ter de manter o sangue-frio e a autoridade sem perder a racionalidade - com os outros 26 alunos a observar a cena para saberem o que podem fazer dali para a frente. É muito difícil manter-se calmo e muito fácil perder a racionalidade.

Se o nosso país não tivesse tantos problemas de justiça social, de desinvestimento nos serviços públicos, no ordenamento do território urbano e na cultura, talvez tivesse menos bairros problemáticos com pessoas problemáticas. Porém, mesmo nesse caso e tendo uma polícia bem formada, nada resulta se a polícia estiver em minoria e se sentir insegura no que respeita à sua integridade física.


August 22, 2022

Quando a cobardia se alia à pura violência

 


Os polícias deixam de 'proteger e servir' e passam a  'esmurrar e estropiar'. Aqui a vítima é uma mulher. 


March 18, 2021

Já isto explica alguma coisa

 


... do comportamento dos inspectores. São treinados nas mesmas escolas e pelos vistos são treinados numa certa brutalidade e violência. Só assim se explica o medo de que a polícia fosse feminizada com a entrada de mulheres. Enquanto as formas de segurança forem mais de força bruta que de lei, teremos casos como o do ucraniano, se bem que menos graves e, por isso, mais encapotáveis.