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April 16, 2020

O Plano Marshall não era dinheiro. Era uma ideia e o dinheiro serviu a ideia



Não é isso, penso, que tem estado no discurso da PCE, quando usa o termo e fala em orçamentos robustos e investimentos massivos, mas... usando mecanismos com juros que deixam uns países na miséria indefinidamente. O Plano Marshall não foi isso, foi o oposto disso.
É mais o que diz o francês, um Fundo de Retoma de 'grants', como ele diz.

O Plano Marshall era uma ideia, no tempo em que os EUA tinham uma visão cooperativa, lúcida e até generosa da realidade, há muito perdida, acerca da importância de ter parceiros fortes e não diminuídos. É certo que isso também servia os seus interesses, nomeadamente passarem a ter uma influência decisiva na geopolítica do continente, mas não os esgotava.

Houve a ideia de ajudar a Europa a reerguer-se e não deixar que a sua história, a sua matriz cultural e a sua força política no mundo se perdessem. E perceberam que era necessário uma inundação de dinheiro para que a economia se erguesse dos escombros da guerra.

Se fosse apenas uma gestão de interesses financeiros, tinham deixado os países da Europa economicamente dependentes deles e não tinham, por exemplo, perdido dinheiro a ajudar a Finlândia, excluída do plano por conta do que tentou fazer em Leninegrado e a quem deram dinheiro por baixo da mesa, durante anos.

De modo que a PCE, quando fala do Plano Marshall e o reduz a um tamanho de orçamento, esquecendo o modo, parece não compreender o alcance do que foi aquele Plano e como esta UE, que caminha como um funâmbulo, se se estampar, não há rede que lhe ampare a queda.

Europa precisa de um novo Plano Marshall, diz Comissão Europeia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o novo orçamento da União Europeia precisa ser robusto

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O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, avisa que a Zona Euro está em risco, principalmente se não se tomarem medidas para garantir que todos os países terão oportunidades semelhantes de financiar a retoma. Só assim, argumenta, o bloco europeu não perderá a carruagem e poderá continuar a concorrer com potências económicas como os Estados Unidos ou a China.