Aqui vai o texto de um aluno, já com quatro anos, sobre o que se comemora neste dia:
No dia 1 de dezembro de 1640, um grupo de nobres, os 40 Conjurados, invadiram o Paço da Ribeira, em Lisboa.
Portugal vivia dependente da monarquia hispânica, sofria sucessivos ataques às suas colónias, por parte das duas potências, Inglaterra e Holanda, que eram inimigas de Espanha e via ser aumentada a carga fiscal tributada ao seu povo. Para além disso, os espanhóis serviam-se das tropas portuguesas para combater nas guerras que tinham com outros países. Tudo isto provocou um profundo descontentamento dos portugueses contra a União Ibérica.
Por isso, os 40 Conjurados conspiraram contra o domínio filipino em Portugal e prepararam um golpe palaciano, para recuperar a independência do país. Na manhã de 1 de dezembro, cerca de 120 revoltosos invadiram o Paço da Ribeira, onde se encontravam Miguel de Vasconcelos e a Duquesa de Mântua. O primeiro era representante dos interesses de Castela e foi assassinado no local. Já a segunda figura era vice-rainha de Portugal, à data, e foi detida e levada para o Convento de Santos.
Derrubado o domínio espanhol, D. João IV, 8º Duque de Bragança, foi proclamado rei de Portugal. Este devolveu a independência política, financeira e fiscal a Portugal e anulou os impostos criados pela dinastia filipina.
Embora a Revolução tenha acontecido em 1640, só em 1668 é que os Espanhóis consideraram Portugal como um reino independente, com a assinatura do Tratado de Lisboa.
Desde 1823 que o 1º de dezembro é feriado nacional, celebrando-se o dia da Restauração da Independência.
Manuel Luís Godinho – 11ºA
Resume muito bem a questão. Espanha era a nossa Rússia, sempre a tentar invadir e apossar-se do país e durante 60 anos conseguiu estar aqui a a roubar e a explorar. Muito nos custou depois fazer alianças para manter a Espanha afastada: custou-nos Tânger e a Índia, que foi parar aos ingleses com a Catarina de Bragança.
Em meu entender comemora-se pouco este acontecimento, muito maior no grande Cronos que a República. Para já não falar da data da nossa fundação como nação que nem sequer tem um feriado, quanto mais comemoração. Há muitas discussões com o 25 de Abril e o 25 de Novembro que no grande esquema das coisas, são datas menores que estas.