A arte mostra a vida

 

🎨 A Giant Claw Pierces the Breast of a Sleeping Woman de Richard Tennant Cooper (c. 1912)

🏛️ Onde ver: Coleção Wellcome, Londres, Reino Unido

A evocativa aguarela de Richard Tennant Cooper, A Giant Claw Pierces the Breast of a Sleeping Woman, é uma obra pungente e simbólica criada por volta de 1912, célebre pela sua beleza assombrosa e profundidade alegórica. Cooper, um artista britânico (1885-1957), era conhecido por explorar temas de doença, medicina e sofrimento humano através de imagens surreais e simbólicas.

Esta pintura em particular serve como uma alegoria profunda ao cancro da mama e ao seu tratamento, misturando simbolismo mitológico e médico. A imagem reflecte as lutas físicas e emocionais enfrentadas por aqueles que lutam contra a doença, com a garra a representar tanto a natureza invasiva do cancro como os tratamentos médicos duros e muitas vezes dolorosos da época. 

O estado vulnerável e indefeso da mulher reflecte o peso emocional e físico da doença, bem como a impotência sentida por muitos doentes. A garra que fura o peito de onde sai aquela pestilência negra no fundo sombrio da pintura, enfatiza o isolamento e o enorme medo associados à doença, conferindo à imagem uma qualidade onírica de pesadelo.

Cooper entrelaça magistralmente o real e o surreal, utilizando uma alegoria para explorar a intersecção entre os avanços médicos e o sofrimento humano. Ao fundir elementos fantásticos com a dura realidade, Cooper capta o impacto psicológico e físico da doença, criando uma obra tão poderosa quanto inquietante.

do FB - Histórias da Arte

Infográfico II - Saúde mental no último ano

 

É dos EUA mas não deve ser assim muito diferente de outros países. O que acontece é que há poucos dados do que se passa em Portugal acerca de quase tudo. Quer dizer, existem, talvez, em estudos universitários restritos. Agora temos a Pordata, mas não chega.

Sorte e azar

 

Uma colega que teve um problema oncológico e que ainda está dentro dos cinco anos e é imunodeprimida foi à Junta Médica e mandaram-na continuar de baixa, pela sua condição e pelo perigo que o Covid-19 representa. Acho bem. Ela não apanhou os dois fdc que me atenderam. Teve a sorte (que não devia ser uma sorte, mas a norma) de apanhar dois médicos - pessoas que tiraram um curso de medicina para ajudar outros e se preocupam mais com os doentes e a sua ética de trabalho que com as directrizes sem um pingo de ética do SE.

Ainda bem para ela. Só tenho pena de isto funcionar por sorte e azar, mas infelizmente isso é muito comum nos serviços deste país.