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November 16, 2025

Aqui está uma prática que podemos compreender num certo contexto histórico de uma dada cultura

 

Mas nunca aceitar como mores em alguma sociedade do presente. Está abaixo do patamar mínimo obrigatório de civilização da casa comum.


Esta fotografia captura uma forma arcaica de justiça. 

Na China da década de 1930, este homem, condenado por homicídio, foi preso numa jaula de madeira conhecida como cangue, uma ferramenta de punição centenária concebida para infligir uma morte lenta e pública. 

Imobilizado na posição vertical, foi deixado na rua para morrer de fome, sede e exposição às intempéries. O desenho da jaula tornava impossível até os movimentos mais pequenos, como sentar-se, coçar-se ou proteger o rosto.

Mais do que remover um criminoso da sociedade, a punição transforma o acto de morrer num aviso público. Multidões reuniam-se para testemunhar o lento processo da degradação do corpo.

Ao contrário das execuções ocidentais que visavam uma conclusão rápida, este método era teatral, transformando o condenado num símbolo vivo das consequências. 
A lenta degradação do corpo e o sofrimento do prisioneiro ao longo de dias, às vezes semanas à vista de todos, tinha como objectivo humilhar e dissuadir outros de cometer crimes.

No século XX, a cangue havia caído em desuso nos centros urbanos modernizados, mas continuava a ser utilizada em províncias remotas, onde
 persistiu até ao século XX nas áreas rurais da China, onde a autoridade tradicional e os ideais confucionistas de ordem ainda prevaleciam. 

Observadores internacionais de direitos humanos e missionários documentaram casos como este até à década de 1930, utilizando-os para pressionar a China a realizar uma reforma penal. 

via Ancient Lights

August 09, 2024

(In)Civilização

 

Civilização

 

O grau de civilização de uma sociedade (ou pessoa) tem de medir-se pela qualidade das relações que mantém com os outros seres humanos (e não só), o modo como os trata. Não apenas reconhecendo aos outros direitos humanos, mas reconhecendo a si mesmo deveres de civilização. Cada vez que alguém -ou um Estado, uma religião uma ideologia, etc.- maltrata alguém, cada vez que humilha, que oprime, discrimina, que tortura, que escraviza, que cala, etc., recua no seu grau de civilização. 

A civilização é um processo em curso que tem avanços e recuos. As ditaduras e as tiranias são organizações sociais de recuo de civilização porque negam aos outros direitos humanos e sociais - que exigem para si. Ideologias que se afirmam como ditaduras de um grupo social sobre os outras, sejam ditaduras comunistas ou capitalistas são organizações sociais de recuo de civilização porque negam aos outros direitos humanos e sociais - que exigem para si. Religiões que se afirmam pelo totalitarismo ou pelo apartheid de género são recuos de civilização porque negam aos outros direitos humanos e sociais - que exigem para si.

 Quanto mais avançamos na consciência desses deveres de civilização, mais incivilizados nos parecem -e são- os recuos: a escravatura hoje parece-nos totalmente incivilizada relativamente ao que já pareceu há séculos, quando a consciência dos direitos comuns humanos era mais infante. 

Medimo-nos, para avaliarmos o nosso grau de civilização, pelo melhor que as sociedades já fizeram em termos de avançar na civilização: por isso lemos vozes antigas, pessoas altamente civilizadas antes de tempo, digamos assim. Neste momento não há dúvida que a religião islâmica -bem como a evangelista, embora esta em menor grau porque não pratica o assassínio de mulheres e infiéis- estão num processo de recuo de civilização muito grande.

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A cena foi censurada na televisão do regime islâmico. Duas taekwondoistas iranianas abraçam-se no pódio olímpico, desafiando a propaganda de ódio do regime contra Kimia Alizadeh, iraniana fugida do Irão por recusar o véu islâmico e medalha de bronze sob a bandeira búlgara, e Nahid Kiani, medalha de prata pelo Irão.

January 16, 2023

"A extinção é a regra. A sobrevivência é a excepção" — Carl Sagan

 

Em todas as civilizações que se extinguiram nestes milhares de anos, também o seu Deus se extinguiu com elas.