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July 30, 2024

Sou só eu que acho isto uma coisa estúpida?

 


Acaba a prova da ginástica por equipas e assim que as equipas vão subir ao pódio, o que são 3 minutos ou 4, para receber as medalhas olímpicas cortam a emissão e vão dar resumos e reclames. Desde quando é que as medalhas olímpicas não interessam? Mas que raio... quem foi a pessoa que decidiu estas transmissões e como é que se pode dar-lhe um chuto no rabo? De quem será primo?


June 09, 2024

A BBC já foi uma grande estação de TV

 


Aqui a jornalista pergunta ao porta-voz israelita porque é que não avisaram antecipadamente Gaza -e, portanto, os bandidos- que iam entrar para libertar os reféns... 


February 22, 2024

Fazer o diagnóstico e depois receitar a doença ou, a inconsequência do pensamento

 

O deputado Rui Tavares tem todo o direito de pôr os filhos a estudar onde quiser. Mas se 90% dos deputados colocarem os filhos em escolas privadas, mais os senhores ministros e secretários de Estado, é evidente que temos um problema. Na verdade, temos dois. Em primeiro lugar, é um problema para as escolas, porque as elites, incluindo as de esquerda, afastam com os pés os serviços públicos que defendem com a boca. Em segundo lugar, é um problema para a ligação entre eleitos e eleitores, porque os próprios políticos deixam de sofrer na pele aquilo que qualquer pai ou mãe sofre há anos: falta de professores, falta de exigência curricular, notas artificialmente inflacionadas e muito pior ensino. E isto legitima a conversa do “nós” e do “eles”. Porque o “nós” e o “eles” é real.

Sendo eu liberal, é evidente que a solução não é acabar com o ensino privado, que quanto tem qualidade pode – e deve – servir como um modelo para a escola pública. A solução é deixarmo-nos de hipocrisias, pensarmos em modelos de integração dos mais desfavorecidos em escolas de qualidade (ainda que privadas), e pararmos com o discurso assistencialista da “melhor escola pública para os pobrezinhos” – enquanto os filhos dos privilegiados constroem em escolas de elite as amizades que lhes vão garantir empregos no futuro, mesmo que tenham menos capacidades do que o filho do padeiro de Portalegre. Se isto não é uma questão política, não sei para que serve a política.

JMT in a-escolha-de-escolas-privadas-afecta-a-escola-publica

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Portanto, os políticos porem os filhos em escolas privadas afecta o interesse e motivação deles em investir na escola pública, o que faz decair a sua qualidade. É verdade. E qual é a solução de MJT? Porventura melhorar a escola pública? Não: tirar os alunos das escolas públicas e pô-los em escolas privadas...
O problema principal da escola pública está nestas pessoas como o JMT, a IL, o Ventura (que tem no programa reduzir o currículo dos alunos a três ou quatro disciplinas para poupar mil milhões de euros -prescindir de 60 mil professores) e outros que usam a escola pública para poupar dinheiro. É claro que depois de depauperarem a escola pública não querem lá os filhos... como faz "o papá tem sempre razão", Rui Tavares. Não tenho nenhuma esperança neste país. Se forem ver os países europeus com melhores resultados escolares, reparam que as escola são todas ou quase todas, públicas, e que ninguém depaupera a escola pública. Depois também reparamos que são países com uma classe média forte e menos pobreza e desigualdade. Coincidências...

January 30, 2024

Os americanos vão mudar o nome de todos os pássaros para que nenhum nome ofenda uma pessoa que seja

 





“Bougainvilleas and Java Munia”, Watercolor on Cold Press Paper, 16” x 11”, 2023


Em Novembro passado, a American Ornithological Society, (AOS), anunciou que iria alterar os nomes comuns de todas as aves americanas com nomes de pessoas. Existem 152 nomes "eponímicos" na lista de verificação oficial da AOS, e o grupo planeia começar com 70 a 80 espécies predominantemente encontradas nos EUA e no Canadá. Nos próximos anos, aves como o falcão de Cooper, a narceja de Wilson e o pardal de Lincoln serão destituídas dos seus epónimos e receberão novos nomes comuns em inglês.

Um número crescente de ornitólogos e de observadores de aves não cientistas questiona a razão de estarmos presos a nomes decididos há centenas de anos, especialmente quando os nomes não são muito bons. Alguns nomes ofensivos já foram alterados há muito tempo, mas agora o foco passou a ser as aves com nomes de figuras históricas desagradáveis. O movimento começou realmente em 2020, quando o grupo Bird Names for Birds apresentou com sucesso uma petição à AOS para alterar o nome de uma espécie de ave das pastagens, então baptizada com o nome do general confederado John P. McCown, para o inofensivo (e mais descritivo) Thick-billed Longspur.

Em muitos casos, o ímpeto para a mudança não vem de uma parte ofendida, mas de especialistas que se policiam a si próprios - impulsionados em parte por novos campos académicos como a etno-ecologia e a etno-botânica. O resultado? A planta vulgarmente conhecida como squaw bush é agora chamada skunkbrush. O pinheiro-escavador (nome insultuoso porque é um pejorativo que se refere aos nativos americanos que escavam raízes) passou a ser o pinheiro-cinzento ou pinheiro-do-pé. E a ave conhecida como Oldsquaw poderá em breve ser apelidada de pato de cauda longa.

Alguns preocupam-se com o facto de o gosto da sociedade pela tolerância ter criado intolerância.

"A nossa nação está a caminhar para a insensibilidade. Há um enorme impulso para a uniformidade e a perda da cor local", disse Phyllis Faber, co-diretora de uma série de história natural para a UC Press. "Gosto da riqueza de ter os nomes antigos; dá-nos a sensação da história".

Como diz Dan Nicolson, curador e botânico investigador do Museu Nacional de História Natural do Instituto Smithsonian: "O objetivo dos nomes vernáculos é o de serem o que as pessoas comuns dizem."

A AOS, uma organização de 4.000 cientistas e amadores, decide sobre os nomes informais e os nomes científicos das aves. Um código muito elaborado dita as regras para os nomes científicos, mas as decisões sobre os nomes comuns são normalmente deixadas ao critério de cada autor.

"Os nomes comuns são completamente discricionários", disse Lanner. "Se um nome é ofensivo, se existem nomes alternativos perfeitamente bons com a mesma história, então porquê usar um nome ofensivo?"

No entanto, vários especialistas salientam que a designação pinheiro cinzento em vez de 
pinheiro-escavador, perde toda a associação aos nativos americanos.

"Parece-me que as [tribos] prefeririam ter pinheiro-escavador do que não ter qualquer referência a si mesmas", disse Allan Schoenherr, autor de Natural History of California e professor de ecologia no Fullerton College. "Parece mais razoável deixar o nome do pinheiro e mudar as conotações."

Alguns nativos americanos acreditam que a mudança de nome é um gesto vazio destinado a aliviar a culpa liberal. Farrell Cunningham, membro da tribo Maidu, disse que não mudaria o nome das plantas.

excertos de dois artigos diferentes - de BY NORA ZAMICHOW e NICHOLAS LUND