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May 24, 2021

Bob dylan - Like a Rolling Stone

 




Esta piada refere-se ao facto de Bob Dylan ter sido considerado um traidor pelos fãs dele iniciais que eram os dos blues e do country, de onde veio a música dele e que eram as suas músicas no início de carreira. Dylan tocava-as numa guitarra clássica e um dia passou-se para a guitarra eléctrica e nunca mais voltou atrás. 

O momento em que o fez está gravado. É esse vídeo aí em baixo de um concerto que deu em Newport, em 1965. Não se ouve porque tiraram do áudio mas há vozes várias na assistência a chamarem-lhe traidor e a apuparem-no (por acaso ouvem-se apupos no início da música porque esta era a terceira música do concerto que ele ia tocar com a guitarra eléctrica - ele não se incomodou minimamente) porque o uso da guitarra eléctrica fazia-o entrar directamente na categoria de rock and roll, essa música de hippies desgrenhados que nada tinha a ver com estas raízes. 

Esta música, Like a Rolling Stone, onde ele se estreia com a guitarra eléctrica e que canta e toca aqui mesmo pela primeira vez em público (o disco tinha saído há umas semanas) esteve quase para não passar. 

Primeiro porque a editora tinha receio que esta mistura de estilos e a introdução da guitarra dos rockeiros, não agradasse aos fãs (ele já era muito conhecido na altura) e depois as rádios torceram o nariz porque a música durava seis minutos inteiros, o que excedia muito o tempo 'regulamentar' das músicas que passavam nas rádios que era coisa de três minutos ou pouco mais. 

A música também é polémica pela letra. Dylan era já conhecido pelas suas posições a favor da paz e de uma atitude em geral positiva e esta letra, apesar de lá para o fim 'cantar' a liberdade que vem de não se ter nada e tudo ser possível, é quase toda uma espécie de vingança dirigida a uma mulher de quem ele diz, mais ou menos, 'andas aí nesse carro cheio de cromados com esse tipo que tem um siamês e tens tudo e todos te querem e um dia não hás-de ter nada e hás-de ver-te no meio da rua sem nada nem ninguém'. Ora na altura as pessoas perceberam que se referia a Edie Sedgwick, uma actriz e modelo com quem andou (e que se passeava no carro cheio de cromados do Andy Warhol com o seu gato siamês) e que depois deixou de andar, penso que quando ela descobriu que ele se tinha caso às escondidas com outra. Ele na altura disse que não, que a música é sobre todas as raparigas que ligam muito às coisas e ao dinheiro (porque os homens são puros.... como todos sabemos e não ligam a essas coisas...  ... lol ... não é fácil aos homens livrarem-se da mentalidade machista) e não são livres. A música está desconfortavelmente em oposição ao espírito dele, ou pelo menos, ao que ele mostrava em público. Ela morreu poucos anos depois deste concerto.

Enfim, a música que ele canta aqui cheia de sentimento e em tom cínico quando 'grita' how does it feel... to be alone, etc., acabou por ser uma grande influência em toda a música rock porque foi o primeiro exemplo de total liberdade que outros seguiram: uma banda poder misturar estilos numa mesma música, não obedecer aos tempos declarados aceitáveis, romper com os padrões dos instrumentos - ele toca aqui com a Paul Butterfield Blues Band e Al Kooper e usam no arranjo musical, instrumentos tradicionalmente de um estilo, noutro. 

Para lá de todas as polémicas, é uma grande música.


Happy birthday Mr. Dylan

 


Dylan, um bardo, à maneira antiga -um poeta e músico que canta a sua poesia-  esteve envolvido, activa e positivamente, em todos os grandes movimentos de direitos civis americanos dos últimos 60 anos. Quantos podem dizer isso? Aqui na marcha de Washington pelos direitos civis dos negros americanos, em 1963.








Electric Dylan by Fred Harper 


April 12, 2021

Quotes I like and a song

 


"The world don't need any more songs... As a matter of fact, if nobody wrote any songs from this day on, the world ain't gonna suffer for it... There's enough songs for people to listen to, if they want to listen to songs. For every man, woman and child on earth, they could be sent, probably, each of them, a hundred songs, and never be repeated... Unless someone's gonna come along with a pure heart and has something to say. That's a different story.” 

― Bob Dylan




 Masters of war

Come you masters of war
You that build the big guns
You that build the death planes
You that build all the bombs
You that hide behind walls
You that hide behind desks
I just want you to know
I can see through your masks
You that never done nothin'


But build to destroy
You play with my world
Like it's your little toy
You put a gun in my hand
And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When the fast bullets fly

Like Judas of old
You lie and deceive
A world war can be won
You want me to believe
But I see through your eyes
And I see through your brain
Like I see through the water
That runs down my drain
You fasten all the triggers
For the others to fire
Then you sit back and watch
When the death count gets higher
You hide in your mansion
While the young people's blood
Flows out of their bodies
And is buried in the mud

You've thrown the worst fear
That can ever be hurled
Fear to bring children
Into the world
For threatening my baby
Unborn and unnamed
You ain't worth the blood
That runs in your veins
How much do I know

To talk out of turn
You might say that I'm young
You might say I'm unlearned
But there's one thing I know
Though I'm younger than you
That even Jesus would never
Forgive what you do

Let me ask you one question
Is your money that good?
Will it buy you forgiveness
Do you think that it could?
I think you will find
When your death takes its toll
All the money you made
Will never buy back your soul
And I hope that you die
And your death will come soon
I'll follow your casket
By the pale afternoon
And I'll watch while you're lowered
Down to your deathbed
And I'll stand over your grave
'Til I'm sure that you're dead