November 17, 2025

Catarina Martins, candidata presidencial, em entrevista



Catarina Martins em entrevista ao publico (excertos)

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É candidata ao papel de mais alta magistrada da República com o objectivo assumido de cuidar da democracia. A democracia está doente ou propõe-se a evitar que surja uma doença irreversível? Enquanto Presidente, o que faria pela saúde da democracia?
Vivemos num momento muito complicado por uma degradação óbvia das instituições do Estado de direito democrático. A forma como o debate político ocorre é uma forma de indecência muitas vezes e isso corresponde a uma incapacidade da democracia de responder às crises que a população sente na sua vida.
Penso que se esquece, estrategicamente, dos governos de Sócrates que destruíram as instituições e capturaram os MCS e o governo Costacenteno que reduzia o debate com os trabalhadores a chamar-lhes bestas, cobardes, etc. - parece-me que é pior, sendo PM, que um deputado mandar beijinhos.

(...)

Tendo em conta que há uma maioria de direita e que o Governo está a aproximar-se do Chega em matérias como a imigração, como é que influenciaria Luís Montenegro?
Em primeiro lugar, comprova-se a absoluta necessidade de uma Presidente da República de esquerda, porque é a única forma de termos algum equilíbrio neste plano tão inclinado à direita e à extrema-direita

Tiveram isso durante dezenas de anos: maiorias absolutas, sozinhos ou coligados em geringonças, presidentes da mesma cor política. Foi um caminho que levou a cortes cativações e crescimento da desigualdade económica e social. Destruição da educação, da saúde e da justiça. 

(...)

Em relação à Lei da Nacionalidade, é preciso, por todas as vias, combater o que está em cima da mesa. E uma delas é explicar às pessoas o que está a acontecer. Não acredito que haja uma maioria de pessoas que se sinta confortável com uma criança chegar ao segundo ciclo do ensino básico, chegar aos dez anos tendo nascido em Portugal ainda sem nacionalidade portuguesa, quando não conheceu nunca outro país. (...) 
(...) Tenho a certeza de que a maioria da população repudia isto, repudia a Lei da Nacionalidade. O Presidente deve fazer o combate pelos direitos humanos,
«é explicar às pessoas o que está a acontecer», porque as pessoas são estúpidas e não vêem o impacto que o excesso de imigração sem o mínimo de controlo teve e tem nas suas vidas... e que dizer do populismo de reduzir esta questão à demagogia de dizer que a lei da nacionalidade se destina à expulsão de crianças que estão cá há muitos anos - como se as crianças estivessem cá sozinhas sem famílias responsáveis... 
Inglaterra, que tem um governo de esquerda que não pode ser acusado de anti-imigração, acaba de aprovar a lei da nacionalidade: só ao fim de 20 anos podem ter a nacionalidade inglesa e durante esse tempo são avaliados a cada dois anos. 
Quanto a mim, tenho a certeza de que a maioria da população não repudia esta lei a não ser que façam campanhas de desinformação como aconteceu durante mais de uma quinzena de anos em Inglaterra em que havia ordens de ocultar e mentir e deixar que os direitos humanos dos ingleses, sobretudo das crianças e adolescentes femininas, alvos de violações brutais sistematizadas, fossem desrespeitados para introduzir à força na sociedade inglesa um cultura que esmagadoramente rejeita qualquer tipo de integração. 
Mais, tenho a certeza que, se em Portugal as notícias não fossem à moda oclusiva e enviesada da BBC e transmitissem o que se passa nas cidades inglesas, francesas e suecas onde nem a polícia entra, onde o crime organizado não pára de crescer, onde as mulheres já não podem andar de transportes públicos e onde há centenas de tribunais de sharia a acontecer, os portugueses ainda seriam mais a favor desta lei e da repatriação de condenados por crimes graves.


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