Porém, é exactamente isso que este ministro vai fazer: cortar para poupar dinheiro.
Estou de acordo em que o ME precisava de reforma, mas isto é reforma? Seguir o modelo de PPC de cortar a eito para poupar dinheiro?. No caso dele foi para despedir milhares de professores, agora é para reenviar centenas de professores dos organismos para as salas de aula, dado não haver professores (devido às políticas de PPC e Crato).
Mudanças na Educação
O Instituto para a Qualidade da Educação e da Avaliação irá “assegurar a implementação das políticas educativas” nos vários níveis de ensino (incluindo formação de adultos), com foco na digitalização.
há cerca de 500 professores entre os mais de 2000 funcionários dos serviços centrais do ministério. Uma vez que haverá uma integração de serviços, é possível que alguns sejam dispensados dessas funções administrativas e voltem à sala de aula.
Vão ser extintos cargos?
Sim, nomeadamente ao nível das chefias: os 45 dirigentes superiores que as 18 entidades actuais do ministério têm passarão a ser 27.
Ao PÚBLICO, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, destacou que um dos pontos que mais o preocupam é o papel que as CCDR (Comissões de coordenação regional) terão na definição das políticas de educação.
Também não sou contra reenviar professores para as escolas, mas não numa reforma feita às três pancadas, onde entidades que percebem zero de educação vão ficar responsáveis por definir políticas educativas e onde as autarquias vão passar a decidir de educação. Obviamente haverá educação de 1ª e de 2ª - e de 3ª.
Também, que haja o objectivo de digitalizar toda a educação me parece uma péssima medida pedagógica, apenas para poupar dinheiro. Nos países mais avançados em termos de educação está a fazer-se o caminho inverso, depois de este ter sido experimentado.
Em suma, uma coisa é fazer uma reforma e gerir melhor os recursos humanos outra é cortar a eito para poupar dinheiro.
Quando é que a educação começou a descambar em termos de qualidade? Quando a ignorante da Rodrigues resolveu usá-la para poupar dinheiro. E porque não parou após a saída desse desastre ambulante? Porque os tachistas seguintes, Crato, Brandão e João Costa, eram igualmente ignorantes acerca de educação escolar. .Apesar de sabermos o efeito catastrófico dessas estratégias, continua a insistir-se como se à 5ª vez o erro virasse virtude como por milagre..
Todos os estudos internacionais mostram que uma educação de qualidade está directamente relacionada com o desenvolvimento, competitividade e qualidade de vida das sociedades mais avançadas. Porquê, então, sacrificar sempre a qualidade? E para quê? Que fizeram Sócrates, PPC e Costa com o dinheiro roubado à educação? Ainda ontem soubemos que a Grécia também já nos ultrapassou nos salários. De maneira que o slogan de poupar na educação para desenvolver o país é gratuito, oco acima de tudo, nefasto para o país.
Há umas semanas, um ex-aluno que eu e outros colegas temos no FB e que está a trabalhar fora do país, a propósito de ter recebido um prémio no trabalho, publicou no FB um agradecimento aos professores que teve na escola e acrescentou, "apesar de vir de uma família com dificuldades e ter andado sempre em escolas públicas de zonas do país pobres e com muito desemprego, tive sempre professores excelentes e isso fez toda a diferença." Isto foi no tempo em que era muito difícil entrar na carreira de professor, apesar de que nunca se ganhou bem nesta profissão, e só entravam os que vinham com notas bastante altas. Destruíram esse capital precioso e parece que não é ainda o tempo de reconstruir a qualidade da educação pública.
Mudanças na Educação
O Instituto para a Qualidade da Educação e da Avaliação irá “assegurar a implementação das políticas educativas” nos vários níveis de ensino (incluindo formação de adultos), com foco na digitalização.
há cerca de 500 professores entre os mais de 2000 funcionários dos serviços centrais do ministério. Uma vez que haverá uma integração de serviços, é possível que alguns sejam dispensados dessas funções administrativas e voltem à sala de aula.
Vão ser extintos cargos?
Sim, nomeadamente ao nível das chefias: os 45 dirigentes superiores que as 18 entidades actuais do ministério têm passarão a ser 27.
Ao PÚBLICO, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, destacou que um dos pontos que mais o preocupam é o papel que as CCDR (Comissões de coordenação regional) terão na definição das políticas de educação.
“Há uma enorme tendência de passar competências para as CCDR, que não têm tradição nenhuma em relação à educação”, notou, alertando para o facto de tal poder gerar ainda maiores desigualdades entre as regiões."
Fenprof (...) estas mudanças representam o "desmantelamento" e a "desresponsabilização do Estado central" na Educação. Disse-se ainda preocupado com o "aprofundamento da transferência de competências para as autarquias", através da delegação nas CCDR, temendo que isso aprofunde diferenças e culmine numa "educação de primeira e numa educação de segunda", consoante o município.
Quando foi a última grande mudança na orgânica do Ministério da Educação?
Quando foi a última grande mudança na orgânica do Ministério da Educação?
Foi em 2011, quando quando Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro e Nuno Crato, ministro da Educação. Essas mudanças passaram, por exemplo, pela extinção das direcções regionais de educação, cujas competências passaram para "estruturas simplificadas" sob alçada da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, pela redução de chefias superiores e intermédias e ainda pelo regresso à escola de centenas de professores que estavam alocados a estes serviços. Segundo foi então noticiado, foram extintos 13 cargos de dirigentes superiores e o número de dirigentes intermédios passou de 35 para 15.
Publico
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