July 19, 2025

O golpe do baú

 

É o contrário do que é costume dizer-se. 

A maioria dos homens considera que, se uma mulher casa ou se junta a eles e eles têm muito mais dinheiro que ela ou se ela nem sequer trabalha, está a aproveitar-se deles que são as vítimas. Na verdade é o oposto. 

Sem terem que pagar salários, têm à sua disposição uma mulher de acordo com os seus gostos materialistas, emocionais e sexuais que os apoia, faz de psicóloga, de confidente e de repositório de frustrações, trata-lhes da casa, apoia a sua carreira, trata-lhes da comida, da roupa, dos filhos, dos melhoramentos da casa, das compras e de todas as milhares de preocupações diárias que a rotina doméstica implica. Isto tudo de borla. A quantas pessoas diferentes seria preciso pagar salário para fazer todas estas tarefas?

Alguns, apesar de ganharem 20 vezes mais que as suas mulheres e não contribuirem nada a não ser dinheiro para a família, ainda se queixam de elas não pagarem todas as contas a meias, como se tivessem a ser prejudicados, sabendo que elas desistiram da sua independência económca, da sua carreira e de tantas outras coisas, para se dedicarem a cuidar deles como filhos. Mas falam como se a única coisa importante fosse o dinheiro e consertar o candeeiro sem luz, não a família ou a vida comum. E perguntam o que é que elas trazem para a mesa. Elas são a mesa e tudo o que a mesa tem. 

Neste vídeo, o homem pergunta, qual é o mal de ter uma mulher em casa, "uma mulher feminina"... uma mulher que tenha uma profissão e não desista dela é, portanto, masculina. 

O que o frustra é que nesse caso, ela tirou-lhe o poder do dinheiro que é o poder do domínio, da objectificação do outro e da supressão da sua liberdade de escolher e de ser.


13 comments:

  1. Penso que as mulheres também gostam de sexo e tanto, ou mais, que os homens. Têm é medo de engravidar. Daí o comportamento diferente.

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    1. A questão aqui não é as mulheres gostarem mais ou menos de sexo que os homens, mas o modo como um certo tipo de homens encara um projecto de vida comum em que apenas entram com dinheiro e disposição para arranjar o interruptor do candeeiro.E acham isso normal.

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    2. Há três grandes problemas com as mulheres: terem menor força física que os homens (prejudica o trabalho por exemplo na agricultura), engravidarem (daí não poderem desfrutar dos prazeres do sexo como os homens) e o período. O período prejudica, e muito, o esforço físico. Como pode haver futebol feminino? Entre as 22 jogadoras em campo deverá haver sempre algumas menstruadas. Poderão jogar com a mesma eficácia?
      Por isso, normalmente, não vão à guerra onde os homens sofrem a valer e morrem.
      Há que mudar esta situação.

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    3. Ahaha, agora fartei-me de rir...
      As mulheres, durante toda a história da humanidade (até meados do século XX) em que as sociedades eram agrícolas, trabalharam na agricultura ao lado dos homens. Mais, quando apareceram as máquinas agrícolas, os homens foram para as máquinas e els continuaram com o trabalho de braços. Com a diferença de que depois iam para casa fazer todos os outros trabalhos enquanto os homen iam para a taberna lá do sítio, embebedar-se. Quem tem mais força e resistência física?
      Os homens têm mais força explosiva mas menos resistência física. Os recordes de natação de grandes distâncias, em piscinas e no mar., é das mulheres.

      Em todas as sociedades não dominadas por fanáticos da religião ou do poder patriarcal ou homens de mentalidade medieval, as mulheres tomam contraceptivos e, em casos excepcionais, fazem IVG.

      Quanto o período prejudicar o esforço físico: em todas as competições, nomeadamente as internacionais, há milhares de mulheres a competir fazendo grande esforço físico em dezenas de modalidades. Acredita que as mulheres têm poder divino sobre o corpo para marcar os dias de menstruação para depois das competições? Além disso, hoje em dia há pílulas que evitam ter o período. O progresso da ciência...

      As mulheres dantes não iam à guerra por questões de mentalidade, mas nos dias de hoje não é assim e países em guerra como a Ucrânia estão cheios de mulheres nas suas fileiras. Em Israel, rodeados que estão por centenas de milhões de anti-semitas o serviço militar é obrigatório, para todos, homens e mulheres.
      E nos exércitos de quase todos os páises ocidentais, há mulheres.

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  2. "não iam à guerra por questões de mentalidade," Questões de mentalidade?

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    1. Seria admissível um pelotão de infantaria masculino atacar um pelotão feminino? Ou tinha de se combinar previamente: homens lutam com homens e mulheres com mulheres.
      Manuela

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    2. Não percebo essa pergunta. Ninguém, na guerra, anda a anunciar ao inimigo se é homem ou mulher, nem isso interessa.

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    3. No tempo em que lá andei não era bem assim. Mas as coisas mudam

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    4. Outra mentalidade, outra sociedade.

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    5. Ouvi dizer, não sei se é verdade, que na guerra moderna já nem se matam pessoas. Assim todos podem ser guerreiros ou guerreiras. Como já, de certo modo, previa Raúl Solnado.

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    6. Mata-se menos, mata-se com mais precisão e mais à distância. Mas há guerras de gente muito bárbara, como o Putin, que tem como alvos civis e manda os seus homens morrer como carne de canhão à antiga. Aí morre-se muito e as mulheres andam na frente da guerrra coo os homens. Todos os dias morrem 1000 russos, em média, na guerra que fizeram à Ucrânia.
      É, talvez, a única faceta do machismo que não me incomoda, essa de nunca ter tido que ir para a tropa. Não tenho vocação nenhuma para bater pala e marchar em manada às odens de um qualquer.

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