June 12, 2025

Fingir que os problemas não existem melhora o quê e beneficia quem?

 


Número um: a notícia não esclarece a que propósito um espectáculo de homenagem a Camões foi alvo de ataques da extrema-direita? Há alguma informação que estejam a esconder? É logo o que me passa pela cabeça porque na maneira como está escrita, sem contextualização, tudo aparece absurdo. 

Número dois: foi benéfico terem escondido numa gaveta uma parte de um relatório da polícia que falava no crescimento da extrema-direita? A 1ª surpresa que tivemos foi o Chega ser o 2º partido mais votado e agora vamos passar a ter surpresas como esta da notícia. Esconder os problemas e fingir que não existem contribui como para a sua resolução? Devo ser muito parva porque não estou a ver...

Número três: o nosso país parece estar acantonado em dois extremos e nenhum deles se vê como tal. A extrema-direita vê-se como meros patriotas, apesar de só defenderem os do seu grupo pois os de esquerda são todos traidores à Pátria; a extrema-esquerda vê-se como mera defensora dos direitos humanos, apesar de só defender os direitos humanos do seu grupo, pois os da extrema-direita nem sequer são humanos.


Na terça-feira, Dia de Portugal, Adérito Lopes foi agredido por um grupo de extrema-direita, em Lisboa, quando entrava para o teatro para se preparar para o espetáculo com entrada livre "Amor é fogo que arde sem se ver", de homenagem a Camões.

Em declarações à Lusa, a também atriz Maria do Céu Guerra contou que foi por volta das 20:00, estavam os atores a chegar ao Cinearte, no Largo de Santos, quando se cruzaram à porta “com um grupo de neonazis com cartazes”, com várias frases xenófobas, que começaram por provocar uma das atrizes.

“Entretanto, os outros atores estavam a chegar. Dois foram provocados e um terceiro foi agredido violentamente, ficou com um olho ferido, um grande corte na cara”, afirmou a também encenadora, de 82 anos, que disse que o ator em causa, Adérito Lopes, teve de receber tratamento hospitalar.


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