A versão final do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024, apresentada esta segunda-feira aos deputados, não contém o capítulo 'Extremismos e Ameaças Híbridas', que constava nas páginas 35 a 39 da versão preliminar do RASI, a que o Expresso e outros órgãos de comunicação social tiveram acesso na última semana.
Nesse capítulo eram descritas ameaças como as da presença em Portugal de um "chapter" [grupo] de uma organização extremista internacional "classificada como organização terrorista em listas nacionais de alguns países, e contra a qual foram já impostas sanções financeiras por incitamento e financiamento do terrorismo".
No mesmo capítulo também eram descritas outras ameaças contra a soberania nacional, como o da presença de influencers de extrema-direita que estão a cativar os mais jovens com os seus discursos nas redes sociais, como escreveu o Expresso na última semana.
No total, havia pelo menos quinze referências diretas às ameaças da extrema-direita no relatório preliminar. Na versão final, passaram a ser três as referências diretas. Também a referência à presença da extrema-esquerda e de grupos anarquistas acabou por ser menor no documento (de oito para três). Já as denominadas ameaças híbridas - como a de movimentos negacionistas e anti-sistema nascidos na pandemia e que ganharam outras ramificações após o período de confinamento - desapareceram por completo no relatório entregue aos deputados. No preliminar, havia vários parágrafos sobre esses movimentos.
Ao Expresso, fonte do SSI garante: "O RASI publicado ontem no site do Governo corresponde à versão apresentada no Conselho Superior de Segurança Interna do dia 31 de marco, não tendo existido qualquer outra versão oficial.
Rui Gustavo
Expresso
RASI. “Apagão” da extrema-direita aprovado por polícias, secretas e governo
Secretária-geral do SSI assume que a decisão de excluir a análise da PJ à extrema-direita do RASI foi “na sequência” de uma reunião do GCS na qual Margarida Blasco e Rita Júdice estiveram presentes.
Expresso
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RASI. “Apagão” da extrema-direita aprovado por polícias, secretas e governo
Secretária-geral do SSI assume que a decisão de excluir a análise da PJ à extrema-direita do RASI foi “na sequência” de uma reunião do GCS na qual Margarida Blasco e Rita Júdice estiveram presentes.
DN
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