April 21, 2025

Censura




Os portugueses são crianças e o governo decide o que é que as crianças podem saber e o que devem ignorar sobre o que se passa no país. Isto é já influencia do trumpismo?



A versão final do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024, apresentada esta segunda-feira aos deputados, não contém o capítulo 'Extremismos e Ameaças Híbridas', que constava nas páginas 35 a 39 da versão preliminar do RASI, a que o Expresso e outros órgãos de comunicação social tiveram acesso na última semana.

Nesse capítulo eram descritas ameaças como as da presença em Portugal de um "chapter" [grupo] de uma organização extremista internacional "classificada como organização terrorista em listas nacionais de alguns países, e contra a qual foram já impostas sanções financeiras por incitamento e financiamento do terrorismo". 

No mesmo capítulo também eram descritas outras ameaças contra a soberania nacional, como o da presença de influencers de extrema-direita que estão a cativar os mais jovens com os seus discursos nas redes sociais, como escreveu o Expresso na última semana.

No total, havia pelo menos quinze referências diretas às ameaças da extrema-direita no relatório preliminar. Na versão final, passaram a ser três as referências diretas. Também a referência à presença da extrema-esquerda e de grupos anarquistas acabou por ser menor no documento (de oito para três). Já as denominadas ameaças híbridas - como a de movimentos negacionistas e anti-sistema nascidos na pandemia e que ganharam outras ramificações após o período de confinamento - desapareceram por completo no relatório entregue aos deputados. No preliminar, havia vários parágrafos sobre esses movimentos.

Ao Expresso, fonte do SSI garante: "O RASI publicado ontem no site do Governo corresponde à versão apresentada no Conselho Superior de Segurança Interna do dia 31 de marco, não tendo existido qualquer outra versão oficial. 

Rui Gustavo

Expresso

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RASI. “Apagão” da extrema-direita aprovado por polícias, secretas e governo

Secretária-geral do SSI assume que a decisão de excluir a análise da PJ à extrema-direita do RASI foi “na sequência” de uma reunião do GCS na qual Margarida Blasco e Rita Júdice estiveram presentes.

DN

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