Rússia corta gás à Europa a partir desta quarta-feira e fomenta subida dos preços
Decisão marca o fim de um contrato de 2019 entre a Gazprom, o gigante estatal russo de gás, e vários países europeus.
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Não foi a Rússia que cortou o gás nem a decisão foi de Putin. Foi a Ucrânia que decidiu não renovar o contrato, que acabou no dia 31 de Dezembro de 2024, que deixava o gás russo passar pelo seu país a caminho dos países da Europa. As principais fontes de receita russas são o gás e o petróleo e, a compra de gás à Russia é uma fonte de financiamento da guerra que mata ucranianos todos os dias. Putin tem dado conferências de imprensa a queixar-se da Ucrânia não renovar o contrato e chamou Fico e Orban à Rússia e mandou-os ameaçar a Ucrânia com sanções - Fico ameaçou a Ucrânia com cortes na electricidade. Putin pediu à Polónia para deixar o gás passar pelo seu país. Orban sugeriu que a Ucrânia fosse obrigada pela UE a renovar o contrato com o argumento capcioso de que o gás, quando entra na Ucrânia, como já foi pago pela Hungria, já não é russo.
Putin não fomenta a subida de preços porque a maioria dos países fortemente dependentes do gás russo, desde a invasão da Ucrânia que procuram alternativas ao fornecimento de energia e neste momento já menos de 10% da energia dependia da Rússia. Os EUA e outros países estão a fornecer gás a esses países. Talvez haja subida de preços mas não corte de energia, mas isso é, acima de tudo, contra os interesses de Putin.
Portanto, ao contrário das notícias putineiras que dizem que Putin decidiu cortar o gás à Europa, Putin não decidiu nada, isto é um duro golpe para a sua guerra colonialista, imperialista e ele tem tentado impedir que a Ucrânia feche a torneira do gás - o que não conseguiu, pois hoje às 7 da manhã a Ucrânia fechou a torneira do gás.
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