Comecei a ler este livro. Depois conto. Hoje vi o comentário de Paulo Portas. Costumo interessar-me pelos livros que recomenda mas os de hoje, um já o li há uns anos -as memórias de Golda Maier- e o outro, penso que deve ser interessante, nomeadamente para perceber padrões de certo tipo de líderes, mas francamente a ideia de ter de ler sobre o Mussolini é um no-go, como dizem os americanos. Seria como ter de ler uma biografia de Trump. Pessoas que falam a partir de lugares interiores vazios, onde não há nada. Hoje li num blog uma pergunta sobre se alguém acha possível os 70 milhões de americanos que votaram em Trump serem todos broncos. Pois, sim, acho muito possível embora bronco possa ter muitos sentidos: os broncos do dinheiro, os broncos da religião, os broncos do ódio, etc. Quando vemos as multidões de italianos embevecidos com Mussolini ou quando vemos as dezenas de milhões de alemães de braço estendido e bêbedos de êxtase por terem visto ao longe um criminoso como Hitler ou quando vejo, nos dias de hoje, os milhões de russos adorarem Putin como um grande líder, é exactamente isso que penso: dezenas de milhões de broncos. Penso que Platão tinha muita razão quando dizia que a maioria dos homens nunca saía da caverna. Portanto, sim, votar num criminoso, ladrão e violador como Trump é sinal de também ter as suas características (dele) ou de ser bronco. Mas lá está, há muitas maneiras de ser bronco. Aquando da primeira eleição de Trump, Varoufakis, um indivíduo que em tempos (de troika) admirei (não me orgulho disso) defendia que era melhor que Trump ganhasse a Biden porque as pessoas iriam ver que ele e a direita são muito maus, iria ser como uma espécie de vacina contra a direita. Na altura achei que era uma ideia de bronco típica de comunistas -quanto pior melhor- e agora tenho a certeza.
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