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October 25, 2024
Se o SG da ONU despreza as regras da organização que lidera e faz questão de as ignorar, o que faz no cargo? Estragos mundiais
Guterres deixou, de facto, de representar a ONU e as pessoas que a organização deve representar. Neste momento representa os interesses de Putin e outros ditadores. É preciso livrar a ONU de Guterres e escolher para SG uma pessoa moral.
Se estou fixada na Ucrânia é por ser um problema que, correndo mal, traz de volta a União Soviética, mas pior porque aliada a guerras de fanáticos religiosos. Dito isto, tenho acompanhado mais ou menos as notícias porque na semana passada estive enfiada em hospitais 5ª e 6ª, na semana anterior a essa passei um dia quase inteiro num hospital a fazer exames, esta semana foi terça, quarta à tarde e hoje - hoje fui a dois hospitais, cada um numa ponta de Lisboa. Tem sido um massacre, chego cansada, estou stressada com tantos exames médicos e perspectivas de procedimentos médicos, de tal maneira que tenho os lábios rebentados do stress e ando a acordar às 4 da manhã. Mas sim, vou lendo as notícias.
O problema parece-me ter vários ângulos, embora todos eles centrados nas opções políticas. Por um lado, como li hoje num artigo, está a falta de investimento em zonas de periferia: os bairros estão degradados, os edifícios são amontoados e de má construção, feios e sem nenhuma valorização dos espaços comuns.Física e esteticamente deprimentes. Depois essas pessoas que aí moram são as mesmas que frequentam os serviços públicos que têm sido sujeitos a desinvestimento e degradação. O caso da educação é gritante. Dão-se certificados aos adolescentes sem que correspondam a aprendizagens e depois eles andam por aí no desemprego e sem perspectivas de vida. Li que a criminalidade que tem subido é justamente a da delinquência juvenil. A juntar a isto tudo está o desinvestimento nas polícias. Temos falta de polícias e depois acontece que vão em minoria para bairros problemáticos e reagem, às vezes, com excesso de força, como acontece quando estamos em minoria e inseguros a ter lidar com excessos. Na realidade, o país está muito desigual, socialmente e as opções políticas têm sido de remendos para resultados de curto prazo. Temos uma banca que se carteliza para prejudicar os jovens que querem comprar casa ou investir na sua educação. Os políticos enchem-se com dezenas de assistentes, adjuntos e conselheiros que fazem nada. Nas cidades, arranjam-se zonas, para que se transformem em parques temáticos de turistas e ricos e deixa-se o resto da população de fora. Somos culturalmente pobres e os governos não investem na valorização das pessoas. São anos e anos e anos de erros acumulados.
A Beatriz tem acompanhado as notícias dos desacatos em Lisboa ou está tão fixada na Ucrânia que não vê mais nada?
ReplyDeleteSe estou fixada na Ucrânia é por ser um problema que, correndo mal, traz de volta a União Soviética, mas pior porque aliada a guerras de fanáticos religiosos. Dito isto, tenho acompanhado mais ou menos as notícias porque na semana passada estive enfiada em hospitais 5ª e 6ª, na semana anterior a essa passei um dia quase inteiro num hospital a fazer exames, esta semana foi terça, quarta à tarde e hoje - hoje fui a dois hospitais, cada um numa ponta de Lisboa. Tem sido um massacre, chego cansada, estou stressada com tantos exames médicos e perspectivas de procedimentos médicos, de tal maneira que tenho os lábios rebentados do stress e ando a acordar às 4 da manhã.
ReplyDeleteMas sim, vou lendo as notícias.
E o que pensa da actuação da polícia neste caso?
DeleteO problema parece-me ter vários ângulos, embora todos eles centrados nas opções políticas.
DeletePor um lado, como li hoje num artigo, está a falta de investimento em zonas de periferia: os bairros estão degradados, os edifícios são amontoados e de má construção, feios e sem nenhuma valorização dos espaços comuns.Física e esteticamente deprimentes.
Depois essas pessoas que aí moram são as mesmas que frequentam os serviços públicos que têm sido sujeitos a desinvestimento e degradação.
O caso da educação é gritante. Dão-se certificados aos adolescentes sem que correspondam a aprendizagens e depois eles andam por aí no desemprego e sem perspectivas de vida. Li que a criminalidade que tem subido é justamente a da delinquência juvenil.
A juntar a isto tudo está o desinvestimento nas polícias. Temos falta de polícias e depois acontece que vão em minoria para bairros problemáticos e reagem, às vezes, com excesso de força, como acontece quando estamos em minoria e inseguros a ter lidar com excessos.
Na realidade, o país está muito desigual, socialmente e as opções políticas têm sido de remendos para resultados de curto prazo.
Temos uma banca que se carteliza para prejudicar os jovens que querem comprar casa ou investir na sua educação. Os políticos enchem-se com dezenas de assistentes, adjuntos e conselheiros que fazem nada.
Nas cidades, arranjam-se zonas, para que se transformem em parques temáticos de turistas e ricos e deixa-se o resto da população de fora.
Somos culturalmente pobres e os governos não investem na valorização das pessoas.
São anos e anos e anos de erros acumulados.