Telemóveis: “A escola tem de dar um sinal à sociedade". Estou de acordo.
Os ecrãs estão por todo o lado no quotidiano das crianças e jovens – telemóveis, tablets, computadores, televisores. Não só na escola, mas sobretudo em casa, observa Cristiane Miranda, fundadora dos Agarrados à Net. “Há pais a dar telemóveis caríssimos a crianças de cinco anos.”
O Movimento Menos Ecrãs, Mais Vida defende que a mudança se faz pelas escolas. “A escola tem de dar um sinal à sociedade. Se proibir o seu uso, os adultos vão pensar, não vão dar um smartphone às crianças tão cedo”, diz Catarina Prado e Castro. “É como as campanhas de reciclagem dos anos 90 [do século passado]. As crianças aprenderam a reciclar na escola e levaram a prática para casa.”
Recorda-se de ouvir um governante nórdico contar que houve meninas que lhe disseram que, sem telemóveis, pela primeira vez frequentariam os balneários descansadas. “Os miúdos estão a invadir a privacidade uns dos outros. Tiram fotografias e fazem vídeos que depois podem ser divulgados nas redes sociais. Não sabem bem o que é ou não correcto e podem expor colegas, fazer coisas muito prejudiciais.”
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