September 18, 2024

Como não lidar com as situações

 

Aluno do 7.º ano com colete antibala esfaqueou colegas no corredor Jovem de 12 anos entrou na escola com uma faca e um colete antibala que pertencia ao pai e golpeou seis outros alunos. Uma das vítimas ficou ferida com gravidade com lesões no tórax e na cabeça. Diretora fala em “ato isolado”.

Numa nota publicada no site do agrupamento, a diretora do Agrupamento de Escolas da Azambuja, Maria Madalena Miranda Tavares, escreveu que a situação “foi um ato isolado” e informou que esta quarta-feira as aulas decorrerão normalmente.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, condenou “nos termos mais veementes o ataque ocorrido na Escola Básica na Azambuja” e faz “votos de plena e rápida recuperação aos alunos feridos”.

“Tratou-se de um ato isolado e de um fenómeno estranho à sociedade portuguesa, mas que deve fazer refletir com sentido de responsabilidade todos os que atuam no espaço público.

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Um aluno esfaqueou seis colegas dentro de uma escola. A directora diz que que a escola é óptima e aquilo foi um caso isolado e hoje vai tudo decorrer normalmente como se nada tivesse acontecido. O primeiro-ministro diz que é um caso estranho à sociedade portuguesa. E pronto. A emissão segue normalmente dentro de momentos - quando é evidente que havia violência na vida deste aluno (dentro e/ou fora da escola) e é evidente que algo correu muito mal, tanto na família como na escola. 
A notícia também é incompleta. Diz-nos que a mãe é professora, mas nada diz do pai, apesar do colete anti-balas, que não é uma peça de vestuário comum, ser justamente do pai. Também não diz o que aconteceu ao miúdo. Um exemplo clássico de como não lidar com as situação: minimizar, esconder, normalizar. Como se muda uma cultura de escola ou de família com este paradigma?

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