May 22, 2024

Para o ME, quem não aceita as 'suas' soluções é porque não quer soluções

 


Portanto, as suas soluções são a verdade  - onde é que já ouvi isto?

Na realidade não foi só a Fenprof que não aceitou os termos do acordo. Foram 5 organizações, entre as quais, a Fenprof, o Stop e a Pró-Ordem, que levam o maior número de professores. O ME fez um acordo com o sindicato da sua família política e apresenta aos outros como assunto arrumado. Onde é que já vimos estes acordos de família política manhosos 500 vezes?


Fenprof repudia declarações do ministro que acusou sindicato de não ser parte da solução


O secretário-geral da Fenprof repudiou, esta terça-feira, as declarações do ministro Fernando Alexandre, (...) que, ainda antes de receber a Fenprof, tinha considerado que a federação "nunca foi parte da solução" e disse duvidar, por vezes, que a educação e os professores sejam a "sua grande preocupação".

"Isto é lamentável, merece o nosso repúdio e dissemos ao ministro que não lhe admitimos isso em momento algum. 

Por outro lado, acusou ainda o ministro de ter tido uma atitude pouco democrática na forma como conduziu o último dia das negociações, por ter assinado um acordo com a Federação Nacional da Educação ao final da manhã e ter apresentado essa última proposta às restantes organizações sindicai 
[como um assunto decidido e acabado], sem qualquer margem para alterações.

"É a negação da negociação e é grave que essa negação seja feita pelo Ministério e por uma organização sindical que se presta a fazer este frete ao Ministério, que é criar um contexto em que os outros ou querem, ou paciência", lamentou.

Quanto ao conteúdo da proposta, Mário Nogueira explicou que a Fenprof não poderia aceitar o documento,

"Este é um acordo que exclui professores", disse o dirigente sindical, estimando que fiquem de fora cerca de 25.400 que já se encontram nos últimos escalões da carreira docente.

"Seria hipócrita fazer um acordo hoje e depois irmos pedir negociação suplementar, ou irmos à Assembleia da República pedir a retificação para considerar os colegas que são excluídos", justificou, questionando como é que alguém poderia assinar o acordo.

As cinco organizações sindicais que recusaram a proposta - Fenprof, Stop, ASPL, Pró-Ordem e SEPLEU - vão agora avaliar junto dos associados a hipótese de requererem a negociação suplementar da recuperação do tempo de serviço.


2 comments:

  1. Não é assim. O ministro fez um caminho de aproximação. É só comparar a proposta inicial com o princípio de acordo de ontem. E sejamos claros: o Nogueira jamais iria assinar o que fosse com um governo de Direita. Um acordo implica cedências dos dois lados. Foi o que aconteceu.
    Outra questão tem a ver com a minoria que não verá todo o seu tempo recuperado, mas mesmo aí a questão não é líquida, ou com o que aí vem depois de setembro.
    Nogueira é um traidor da classe docente. Curiosamente, ele está no décimo escalão. Tem mais 10 anos que eu, que estou no sexto.

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    1. O ministro não fez nenhum caminho de aproximação. Começou por apresentar uma proposta que sabia ser inegociável para depois atirar uma migalha e dizer que fez cedências. É uma esperteza saloia e a FNE assina o acordo por ser da mesma família e trai os professores como no passado Nogueira também fez o mesmo com governos de esquerda.
      A questão é: se o ME estivesse nisto a sério e não para enganar como os outros antes dele apresentava uma proposta justa que não prejudicasse ninguém.
      Andam há 15 anos a engonhar e de ano para ano mais nos roubam. Para mim, tudo que seja não devolver já tudo este ano e com justiça relativamente ao prejuízo enorme causado, vale zero!
      Vão encher-se de pulgas com os seus 120 mil milhões que todos os anos gastam em merdices, trio e primos e ninguém escrutina. Ou querem resolver o assunto ou não querem e este ME já começou a ofender.

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