Em vez de infantilizar (ainda mais) os alunos do 5º e 6º anos, podiam fazer mudanças no ensino dos primeiros 4 anos. Em vez de terem um só professor, podiam ter 3 ou 4: um principal para a aprendizagem da leitura, escrita, matemática, história e isso e mais dois, por exemplo, especializados no ensino de artes, línguas, etc. Habituava-se logo os miúdos a lidarem com mais de um professor e não tinham esse choque no 5º ano. E se as turmas no 5º e 6º anos, em vez de terem 30 alunos tivessem 15 e os professores não tivessem 7 turmas, os alunos tinham outra atenção dos professores e não sentiam esse choque. Há muita coisa que se pode fazer para ajudar os alunos nessa transição sem ser mantê-los em estado de infantilidade.
O que o ME chama "ruturas" é o desmame. O ser humano precisa de rupturas e de crises de crescimento, sem as quais não evoluiu e não cresce interiormente, logo, não se capacita para lidar com realidades cada vez mais complexas. Isso já está a acontecer, como se pode ler no post anterior em que se vê que os alunos passam todos mas abaixo das competências do seu nível de escolaridade e não estão preparados para raciocínios complexos e realidades abstractas. Pois o ME acha que ainda deve baixar mais a fasquia.
Calculo que a "mudança no grupo de recrutamento de professores" defendida pelo ME seja no sentido de tornar o ensino mais medíocre, o que tem sido marca de água deste ministro.
E sim, a tipologia dos edifícios é importante, mas também é importante os recursos das escolas, humanos e físicos, para poderem integrar os alunos.
Não vejo vantagem em segregar os alunos mais novos e mantê-los numa redoma.
Órgão consultivo do Ministério da Educação considera que atual organização do Básico provoca ruturas prejudiciais no ensino.
Alexandra Inácio
O Conselho Nacional de Educação (CNE) defende a restruturação do Ensino Básico com o fim do 2.º ciclo (5.º e 6.º ano). A medida, defende o órgão consultivo do Ministério da Educação, implica a revisão dos grupos de recrutamento dos professores, do regime de monodocência (1.º ciclo), da formação inicial de docentes e até da tipologia dos edifícios. Mas é apontada como fulcral para a melhoria das aprendizagens.
Órgão consultivo do Ministério da Educação considera que atual organização do Básico provoca ruturas prejudiciais no ensino.
Alexandra Inácio
O Conselho Nacional de Educação (CNE) defende a restruturação do Ensino Básico com o fim do 2.º ciclo (5.º e 6.º ano). A medida, defende o órgão consultivo do Ministério da Educação, implica a revisão dos grupos de recrutamento dos professores, do regime de monodocência (1.º ciclo), da formação inicial de docentes e até da tipologia dos edifícios. Mas é apontada como fulcral para a melhoria das aprendizagens.
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